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quarta-feira, abril 24, 2024
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Técnica ambiental que forjou assinatura de autoridades é alvo de operação da Gaeco

De acordo com o MP, além dela, outras quatro pessoas, entre físicas e jurídicas, são alvos de sequestro de bens móveis e  imóveis.

Da Redação – Vanessa Alves

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco-MT), deflagrou nesta sexta-feira (23), a Operação Sorokin, com o principal alvo, uma técnica ambiental, que se intitulava engenheira florestal. Segundo as informações, ela teria forjado a assinatura de autoridades para celebração do Termo de Ajustamento de Conduta falso.  

Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), ela teria forjado a assinatura de um promotor de Justiça, do superintendente do Instituto Brasileiro Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da secretária estadual de Meio Ambiente. 

De acordo com o MP, além dela, outras quatro pessoas, entre físicas e jurídicas, são alvos de sequestro de bens móveis e  imóveis.

As ordens judiciais estão sendo cumpridas em diversos municípios do estado. A organização criminosa, que já responde a ação penal perante a 7ª Vara Criminal de Cuiabá, é acusada de operacionalizar esquema de fraudes e lavagem de dinheiro. A denúncia foi recebida pela juíza de Direito, Ana Cristina Mendes.

Segundo o Gaeco, a operação Sorokin investiga empreendimento criminoso que supostamente teria se especializado em fraudes para garantir que seus integrantes auferissem vantagens indevidas mediante crimes de falsidade ideológica e de lavagem de dinheiro.

A investigação

A investigação começou a partir de procedimentos realizados em outra operação, a Poygonum. Na ocasião, foi constatado que a responsável técnica de um dos empreendimentos forjou assinatura eletrônica de um promotor de Justiça que atua na área ambiental no MPMT, da Superintendente do Ibama e da Sema para montar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), contendo, inclusive, símbolos oficiais do Ministério Público do Estado de Mato Grosso. 

Segundo o Gaeco, o acordo falso, que previa o pagamento de indenizações, reposição e multas ambientais, no valor de R$ 6,2 milhões, foi apresentado à proprietária do empreendimento, que acabou efetivando o pagamento de tais valores na conta de denunciados.

“O documento fraudado vai muito além da fraude a um documento do órgão ministerial, mas sim ao conjunto de órgãos ambientais do Estado de Mato Grosso que, em um trabalho conjunto, estavam atuando exatamente no combate às fraudes endêmicas instaladas em alguns setores da área ambiental”, informou o promotor de Justiça Marcelo Caetano Vacchiano.

Foi apurado que os integrantes da organização criminosa, em uma atuação colaborativa, teriam contribuído para a execução de diversas fraudes no Cadastro Ambiental Rural (CARs) de propriedades, em relatórios de tipologia e em Autorizações de Desmates (ADs). Os valores obtidos pela organização, segundo o Gaeco, foram integrados a diversos bens móveis e imóveis, no intuito de dissimular sua origem e movimentação, decorrentes dos crimes praticados.

“Na investigação do crime de lavagem de dinheiro, verificou-se em uma das situações, por exemplo, que dois dos denunciados teriam integrado sociedade cujo capital integralizado chegou a ser de R$ 54,6 milhões, isso sem contar outras propriedades, como casas de luxo, e bem móveis de alto valor, como máquinas agrícolas”, destacou a delegada Alessandra Saturnino, designada pela Polícia Civil para atuar na força tarefa ambiental do Gaeco.

O Gaeco é formado por profissionais da Polícia Civil, Ministério Público, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo do Estado. A força tarefa ambiental conta também com o apoio de toda a estrutura da Segurança Pública (Corpo de Bombeiros, Politec e Ciopaer), bem como de outros órgãos a exemplo da Sema, Ibama, UFMT e Indea.

(Com informações MP) 

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