Em tempos de crise hídrica todas as ações que visam conter gastos e trazer economia de energia são bem vistas. Isso vale não apenas para o consumidor doméstico, mas para todos os que dependem e fazem uso da energia para realizar as demandas do dia a dia.
Diante desse prisma, muitas repartições públicas começam a vislumbrar a importância da sustentabilidade interna e buscam meios de trazer autonomia e economia sem perder a eficiência dos seus serviços.
Recentemente a Polícia Judiciária Civil do estado de Mato Grosso, começou a realizar seus procedimentos nas unidades policiais minimizando o uso de papel, visto que as unidades começaram a realizar seus trabalhos dispensando o uso da assinatura física.
Dessa forma, tanto as autoridades, quanto a população atendida nessas unidades, passaram a dispor de dispositivos que realizam suas assinaturas de forma digital, seja através de certificados digitais ou através de coletas biométricas.
Tal iniciativa, poderá representar uma economia da ordem de 2 milhões de reais para o estado no que diz respeito ao consumo de papéis, impressões e deslocamentos.
Em tempos de crise hídrica todas as ações que visam conter gastos e trazer economia de energia são bem vistas
Todos os procedimentos realizados nas unidades policiais continuam tendo a mesma validade e serão reconhecidos nas questões judiciais, visto que todos esses procedimentos de coleta e assinaturas digitais serão realizados atendendo padrões internacionais de segurança.
Assim sendo, tudo o que for produzido dentro das unidades policiais do estado de Mato Grosso, passam a ter um controle seguro e efetivo, mantendo as informações colhidas em um banco de dados que permitirá a todos os policiais a consulta e análise dos mesmos, evitando outrossim , eventuais riscos da perda de dados que seriam armazenados de forma física.
Essas informações, poderão futuramente compor um banco de dados único, que permitirá a consulta em tempo real e trazendo muito mais eficiência nas ações policiais por todo o país.
Não obstante, cumpre ressaltar que toda essa melhoria demanda investimentos contínuos, não apenas na questão do armazenamento dos dados, mas também para o compartilhamento dos mesmos com as demais repartições da federação, que atualmente visam uma integração nesse sentido.
A modernidade e a sustentabilidade dentro dos órgãos de segurança atuam em consonância, e são importantes para tomadas de decisões que são realizadas diante dos dados que são reportados.
A estatística tem um papel primordial dentro desses órgãos e a digitalização de procedimentos poderão proporcionar um levantamento mais preciso dos fatos, fazendo com que os recursos aplicados sejam direcionados de forma mais pontual e efetiva no combate ao crime.
Apesar da Polícia Civil do estado de Mato Grosso estar na vanguarda dessa iniciativa, muitos estados têm procurado replicar essa inovação, e tem visto no modelo mato-grossense uma forma eficiente e sustentável de realizar seus procedimentos policiais.
Tal representatividade demonstra que a instituição Mato-grossense caminha em passos largos para o avanço tecnológico em suas dinâmicas e por consequência proporcionará grande economia ao Estado, além da eficiência e celeridade nos procedimentos realizados.
Para um estado que possui grande extensão territorial, tais avanços demonstram que é possível criar meios de aprimorar os mecanismos de segurança através dos recursos tecnológicos presentes atualmente.
Com a economia gerada através do avanço tecnológico presente na Polícia Civil de Mato Grosso, os recursos adicionais poderão ser direcionados para a melhoria estrutural da Polícia Civil como um todo, além da aquisição de materiais que proporcione um aparelhamento mais moderno e que atue em consonância com essa nova tecnologia aplicada nas unidades de todo o estado.
Gian Franco Cardoso Baldo é investigador de Polícia.