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quinta-feira, abril 25, 2024
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Reportagem do Fantástico mostra pecuarista de MT usando substância altamente tóxica para desmatar Pantanal

De acordo com as investigações, o pecuarista investiu certa de R$ 25 milhões para conseguir transformar a área em pastagem para gado.

Da Redação

Uma reportagem exibida na noite de domingo (14) pelo Fantástico, mostrou o pecuarista Claudecy Oliveira Lemes, que possui 11 fazendas no município de Barão de Melgaço (103 de km de Cuiabá), usando produtos químicos para desmatar parte do Pantanal para plantar pastagem.

Segundo as informações, a intenção do fazendeiro era aniquilar a vegetação mais alta. Isso resultou em imensas manchas cinzas na paisagem, formada de árvores que perderam todas as folhas, resultado de um processo chamado de desfolhamento químico, obtido quando se faz uma pulverização criminosa ao lançar de avião toneladas de agrotóxicos sobre a mata preservada.

Por conta da acusação de desmatamento, as propriedades dele vão ser administradas por uma empresa escolhida pela justiça até que terminem as investigações sobre esse crime ambiental de proporções gigantescas.

De acordo com as investigações, o pecuarista investiu certa de R$ 25 milhões para conseguir transformar a área em pastagem para gado. Ele fez aplicação de herbicidas ao longo de três anos. As notas fiscais comprovaram o valor investido pelo proprietário das fazendas.

Contaminação do solo e água

Segundo a Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso, o fazendeiro usou 25 agrotóxicos diferentes, um deles tem a substância 2,4-D.

Trata-se de um desfolhante químico altamente tóxico usado pelos Estados Unidos na Guerra do Vietnã. Com o herbicida, as tropas americanas desmatavam florestas pra impedir que soldados inimigos se escondessem embaixo da vegetação.

Segundo o professor Wanderlei Pignati, da Universidade Federal do Mato Grosso, esse agente é bastante estável e é carregado pelo vento a 20, 30 quilômetros longe, vai atingir outras cidades, outros sítios e outras áreas de plantação.

No Pantanal, peritos comprovaram em laboratório a contaminação em amostras da vegetação, do solo e da água. Os produtos são classificados com potencial de periculosidade ambiental III, ou seja, perigosos ao meio ambiente.

(Com informações Fantástico) 

 

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