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terça-feira, abril 23, 2024
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Pacote antifeminicídio é aprovado na Comissão de Direitos Humanos do Senado

Proposta é de autoria da senadora mato-grossense Margareth Buzetti e agora passará pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)

Da Assessoria 

A Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH) aprovou, nesta quarta-feira (20), o PL 4.266/2023 que cria o pacote antifeminicídio. A proposta, da senadora Margareth Buzetti (PSD-MT), altera cinco leis para que sejam agravados crimes contra a mulher pelo simples fato de ser mulher.

O PL foi relatado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e agora será votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

“É um projeto que eu não gostaria de precisar apresentar. A gente sabe que o limite da violência doméstica é o feminicídio. Mas o que antecede o feminicídio é que devemos punir com mais severidade. Espero que realmente alguma coisa seja feita, porque mulheres estão morrendo”, defendeu Buzetti logo após a aprovação na comissão.

Veja o que muda com o projeto apresentado:

– Aumento de pena mínima e máxima: crime de feminicídio fica com pena mínima de 20 anos e máxima de 40 anos (conforme artigo 75 do Código Penal);

– Crime autônomo: feminicídio hoje no Brasil não é crime autônomo, mas uma qualificadora do homicídio. Projeto muda isso;

– Lesão corporal: quando for violência doméstica a pena será de 2 a 5 anos de prisão. Hoje é de três meses a três anos;

– Ameaça: se for praticada contra a mulher (em casos de violência doméstica) a pena é dobrada;

– Vias de fato (agressão) :  se contra mulher, a pena será de 2 a 5 anos de prisão. Hoje é de 15 dias a 3 meses (e não há pena específica para caso de violência doméstica);

– Progressão de Regime: preso por feminicídio precisará cumprir 70% da pena antes de progredir (ir para um semi-aberto, por exemplo);

– Tornozeleira: projeto prevê colocação de tornozeleira eletrônica em quem descumprir Medida Protetiva;

– Medidas protetivas: hoje se um homem descumprir a medida protetiva a pena é de 3 meses a 2 anos. Projeto aumenta para prisão de 2 a cinco anos e ainda aplica multa;

– Perda de benefícios: fica vedado o direito à visita íntima, por exemplo, e restringe o contato daquele detento com o lado de fora do presídio.

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