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sexta-feira, março 29, 2024
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Inteligência artificial cria 40 mil novas armas químicas em 6 horas


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Inteligência artificial pode ser usada para o mal, alerta cientista
Unsplash/Markus Spiske

Inteligência artificial pode ser usada para o mal, alerta cientista

Uma inteligência artificial demorou apenas seis horas para criar 40 mil moléculas potencialmente letais para serem usadas em armas químicas. A descoberta, feita por pesquisadores norte-americanos, foi publicada na edição deste mês da revista Nature Machine Intelligence.

A inteligência artificial em questão geralmente é usada para procurar moléculas prejudiciais em novos medicamentos. Desta vez, os pequisadores colocaram o sistema para fazer a função inversa, procurando combinações que poderiam causar danos. Dentre os resultados, estavam substâncias semelhantes ao gás mais tóxico que existe.

“Principalmente, meu trabalho é implementar novos modelos de aprendizado de máquina na área de descoberta de medicamentos. Uma grande fração desses modelos de aprendizado de máquina que usamos são destinados a prever a toxicidade. Não importa que tipo de droga você esteja tentando desenvolver, você precisa ter certeza de que elas não serão tóxicas”, disse, em entrevista ao The Verge, Fabio Urbina, cientista sênior da Collaborations Pharmaceuticals e o principal autor do artigo.

Fabio contou que o grupo mudou a estratégia da inteligência artificial quando recebeu um convite para uma convenção sobre armas químicas e biológicas. “Esta foi uma publicação bastante incomum. Nós estivemos indo e voltando um pouco sobre se deveríamos publicá-la ou não. Este é um uso indevido potencial que não levou muito tempo para ser executado. E queríamos divulgar essa informação, já que realmente não a vimos em nenhum lugar na literatura. Mas, ao mesmo tempo, não queríamos dar a ideia a atores ruins”, disse o cientista.

“No final do dia, decidimos que meio que queremos nos antecipar a isso. Porque se for possível para nós, é provável que algum agente adversário em algum lugar já esteja pensando nisso ou no futuro vai pensar nisso”, declarou. “Não quero parecer muito sensacionalista sobre isso, mas é bastante fácil para alguém replicar o que fizemos. Nós apenas queremos que mais pesquisadores reconheçam e estejam cientes do potencial uso indevido”, alertou.

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