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sexta-feira, abril 19, 2024
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Convocação de governadores e, talvez, de Jair Bolsonaro esquenta clima na CPI da Covid

DISCURSO ESVAZIADO

Uma jogada de senadores de uma ala independente na CPI da Covid esvaziou o discurso de parlamentares governistas na comissão. Chamaram para si a responsabilidade de convocar governadores e prefeitos para depor. Com isso, o governo perde a narrativa de que o colegiado tem a intenção de perseguir o presidente Jair Bolsonaro. Acuado, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), colocou em votação a convocação de 12 governadores. O critério da CPI foi o de convocar apenas governadores que já são investigados pela Polícia Federal por possíveis desvios de recursos destinados ao combate da pandemia.

RACHA NO G7

A votação para convocar governadores a prestarem depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, no Senado, gerou um ‘racha’ entre os integrantes do chamado G7, que são os parlamentares titulares da comissão que não são alinhados ao governo. Antes da sessão, todos os integrantes da CPI se reuniram secretamente e o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), tentou construir um acordo em torno da convocação de governadores, que tem sido uma demanda dos parlamentares da base, na tentativa de tirar foco da comissão sobre o governo federal. No que vai dar essa racha ninguém sabe. O certo é que não unanimidade.

PLANALTO NA MIRA

A base governista, por outro lado, se uniu para criticar a intenção do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) de convocar o presidente Jair Bolsonaro a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito da covid-19. A solicitação foi formalizada na manhã desta quarta-feira (26), mas encontrou um muro de lamentações. O próprio relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), considerou inconstitucional a intenção de Randolfe. Renan destacou que a CPI não pode convocar chefes de outros poderes, o que na prática impediria também a convocação tanto dos governadores quanto dos prefeitos.

ORIGEM DA PANDEMIA

Quando o presidente Jair Bolsonaro insinuou sobre a necessidade de se investigar a origem da pandemia da Covid-19, a imprensa toda foi pra cima dele. Agora foi a vez do presidente americano, Joe Biden. No entanto, não ouve críticas tão severas como no caso do Bolsonaro. Biden determinou ao serviço secreto americano que em 90 dias apresente relatório apontando se o vírus surgiu no contato de humano com animal infectado ou em laboratório. Ou seja, levantou a mesma desconfiança sobre o governo chinês. A diferença foi que Biden não disse isso com tanta convicção e clareza.

EFEITO LULA

Sindicatos e movimentos sociais – a maioria ligada a partidos de oposição – convocaram manifestos contra o presidente Jair Bolsonaro ao menos em 85 cidades, incluindo capitais. Em janeiro, houve carreatas de grupos de direita e de esquerda pelo impeachment de Bolsonaro, mas sem muito sucesso. A pauta dos atos inclui diversas demandas, como o impeachment de Bolsonaro, a volta do auxílio emergencial de R$ 600, a ampliação das vacinas disponíveis, o fim da violência contra a população negra e a suspensão de cortes de verbas na Educação, das privatizações e da reforma administrativa. Um discurso bem alinhado ao do PT, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

CHEGA DE PIRATARIA

Gostei muito de uma campanha contra a pirataria lançada pela Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) no último domingo. No VT divulgado nacionalmente, crianças cobram coerência dos adultos que ensinam o que é certo, mas praticam pirataria. O impacto estimado dos acessos ilegais à TV por assinatura é de R$ 15,5 bilhões por ano, dos quais R$ 2 bilhões somente em impostos que deixam de ser arrecadados. A temática da campanha é a incoerência das pessoas que ensinam atitudes corretas aos seus filhos, mas dão um mau exemplo ao acessar conteúdos pagos de forma ilegal.

 

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