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sexta-feira, abril 26, 2024
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Atendimento rápido salva vidas e reduz sequelas de infarto

O acidente vascular cerebral (AVC) é a segunda causa de morte e a primeira causa de incapacidade no mundo. No Brasil, de acordo com dados do serviço de tecnologia da informação do Ministério da Saúde (DataSUS), foram registrados mais de 100 mil óbitos por conta do AVC no ano de 2019.

Em Mato Grosso, este ano já foram registrados 952 óbitos, de 1º de janeiro a 11 de outubro, segundo o Portal da Transparência do Registro Civil. Nesse mesmo período de 2020 foram 713 mortes. Em todo o ano passado, 991 pessoas não resistiram ao AVC.

O reconhecimento dos sinais de alerta em conjunto com o rápido tratamento de urgência são fatores determinantes para salvar vidas e reduzir os riscos de sequelas.

Foi o que aconteceu há cerca de dois meses quando o assessor parlamentar, Antônio Pinheiro, de 36 anos, chegou à emergência do Hospital Santa Rosa com paralisia do lado esquerdo do corpo e fortes dores de cabeça. Antônio teve um AVC isquêmico e a agilidade no socorro e no atendimento garantiram que ele pudesse retornar à sua casa, sem sequelas.

“Era uma segunda-feira, dia 02 de agosto, depois de um final de semana com a família no Manso, precisei retornar para nossa chácara para buscar um remédio que minha esposa tinha esquecido lá. Estava com uma amiga e quando entramos na estrada de terra, comecei a sentir dores fortes na cabeça e em questão de minutos meu lado esquerdo paralisou. Na hora, pedi a ela que avisasse minha família e fosse dirigindo pra mim. Quando chegamos na chácara, minha esposa já tinha conseguido contato com meu médico e ele orientou que corressem comigo pro Santa Rosa, pois os sintomas eram típicos de um AVC. Foi o que me salvou. Se eu estivesse sozinho no carro, teria morrido”, relembra Antônio.

Com menos de uma hora de sintomas, Antônio deu entrada no hospital e deram início ao protocolo AVC na unidade de emergência. “Começaram o atendimento na calçada, antes mesmo de eu sair do carro”, ressalta o assessor parlamentar.

.Antônio Pinheiro hoje faz monitoramento periódico. Foto: (Divulgação / Assessoria HSR)

De acordo com a médica neurologista, especialista em distúrbios do movimento e atual coordenadora do serviço de neurologia do Hospital Santa Rosa, Ariely Teotonio Borges, a rapidez no reconhecimento dos sintomas e o socorro em tempo curto foram determinantes para salvar a vida do Antônio.

“Tempo é fundamental nos casos de AVC. Graças ao protocolo de atendimento a pacientes com AVC, nossa equipe multiprofissional agiu de forma coordenada e em menos de 1h30  todos os procedimentos necessários foram realizados no paciente, salvando sua vida evitando sequelas”, explica a médica.

Nessa 1h30, Antônio Pinheiro passou por uma avaliação clínica, foi submetido aos exames laboratoriais e de imagem —tomografia de crânio, angiotomografia das artérias do pescoço e do cérebro — e encaminhado para um procedimento de alta complexidade, denominado tromboectomia, para liberar o trombo que estava causando o ACV isquêmico no cérebro dele.

“A trombectomia mecânica é a introdução de um cateter que vai até o ponto de oclusão responsável pelo AVC. No caso do Antônio, foi feito via artéria femoral e na ponta desse cateter há um dispositivo chamado “stent retriever” (ou seja, um stent que é retirado), capaz de aderir ao trombo e resgatá-lo, desobstruindo o vaso acometido. Já no centro cirúrgico, após o procedimento, começamos a ver a melhora do paciente”, explica o médico neurocirurgião e neurorradiologista intervencionista, Wilson Novais, responsável pela cirurgia.

Da Redação / O Livre

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