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quinta-feira, março 28, 2024
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O povo quer VLT já

Após um ano e quatro meses de intenso trabalho de esclarecimento do Movimento Pró VLT, sobre a necessidade da retomada imediata das obras do Veículo Leve sobre Trilhos de Cuiabá e Várzea Grande, o número de adesões cresceu extraordinariamente. Existe quase uma unanimidade: o povo quer VLT já!

O povo percebeu que o VLT representa uma evolução na mobilidade urbana, é uma tendência mundial. Já existem 402 cidades funcionando com sucesso, por ser ecologicamente correto, mais rápido, eficiente, seguro, confortável e que pode transportar de 400 a 600 pessoas sem a super lotação, que acontece nos dias de hoje, nos ônibus poluentes.

O povo percebeu que saúde e o meio ambiente são fundamentais. A fumaça preta dos ônibus poluentes causa danos gravíssimos à saúde como asma, bronquite, câncer de pulmão.

O que é mais grave no calor da Cuiabá, cujos termômetros chegam a 43 graus. Por isso, precisa ser amenizado. A temperatura só tende a aumentar ainda mais por causa dos veículos movidos a combustíveis fósseis que injetam gases tóxicos diariamente, fazendo a nossa capital bater recordes de calor.

O povo percebeu o vultoso investimento realizado na construção de 3,5 km de trilhos eletrificados, dois viadutos, estação de passageiros em Várzea Grande, a ponte de concreto de 224 metros sobre o rio Cuiabá e mais três viadutos na capital para a passagem do VLT. Só em Várzea Grande, 70% das obras estão prontas.

O povo percebeu que existe uma mega estrutura de 132 mil metros quadrados ao lado do aeroporto Marechal Rondon (área doada pela União por meio da Infraero) instalada para o Centro de Controle, Manutenção e Operação do VLT contendo: 40 trens, 240 vagões, que foram comprados da Espanha, 40 km de cabos para linha de energia, 22 km de trilhos, Aparelho de Mudança de Via (AMV), 9 subestações completas, todos os controladores de pista, todos os postes com catenárias, semáforos e câmeras de controle de tráfego.

Ou seja, todo esse dinheiro investido não pode ser jogado no lixo.

O povo percebeu que o Estado contraiu um empréstimo de R$ 1 bilhão e que o povo está pagando por ele juros de R$ 4 milhões por mês, mesmo o VLT não funcionando. E que o pagamento do VLT foi alongado até 2047. E que caso o governo não queira terminar o VLT, o Estado terá que devolver todo o dinheiro emprestado.

Tendo em vista o descaso do governo do Estado de Mato Grosso para retomar a obra, a 4ª Promotoria de Justiça Cível de Várzea Grande ajuizou Ação Civil Pública (ACP), com pedido de liminar, contra o Estado de Mato Grosso por degradação ambiental na área de 132 mil metros quadrados onde está o Centro de Controle, Manutenção e Operação do VLT.

O MP pede que o Estado seja condenado a pagar indenização civil pecuniária pelos danos ambientais e materiais no valor de R$ 3,6 milhões, bem como a fixação de indenização pelo dano moral coletivo.

O povo quer o VLT porque não suporta mais andar nos ônibus poluentes e superlotados. Respirar o ar sujo traz doenças gravíssimas. Não é mais possível fechar os olhos para a questão ambiental. Existe um movimento mundial para a priorização do transporte público sem emissão de poluentes e gases de efeito estufa em detrimento dos veículos particulares e os ônibus poluentes. Essa é a tendência daqui para frente!

Vivemos a era global. A internet e a mídia nunca foram tão relevantes na formação da opinião pública. O povo cuiabano, que está bastante conectado, deseja evoluir para um transporte de qualidade, limpo, com conforto e beleza para tornar a nossa cidade com melhor qualidade de vida.

Na enquete realizada pelo site baixadacuiabana.com.br mais de 70% querem o VLT. Outras enquetes foram feitas em diversos sites e apontam a preferência de mais de 80% pelo Veículo Leve sobre Trilhos. Se é o desejo do povo, o governo do Estado não pode mais ignorar e continuar governando contra a sociedade.

Vicente Vuolo é economista, cientista político.

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