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quarta-feira, abril 24, 2024
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Crônica para Alana

Saudar a chegada da Alana tanto pode ser uma tarefa simples quanto uma incumbência complexa, a depender do enfoque que se dê à iniciativa. Senão, vejamos: é fácil, porque se trata de louvar o advento do meu terceiro neto, neste caso uma menina, que veio para alegrar as famílias de cá (Paulinha) e de lá (Alex), e o grande número de amigos; porém, acaba sendo difícil, porque, por mais que eu me esforce, sempre faltarão adjetivos para reverenciar convenientemente a pimpolha em seu começo de vida – um momento de glória e júbilo para nós.

Para começo de conversa, parodio ninguém menos do que Vinícius de Moraes para traduzir a alegria que invade minh’alma nesta hora: os ‘sem-neto’ que me perdoem, mas ser avô é fundamental.

O fato é que ela acaba de chegar, e veio predestinada a ser feliz, deixando todos nós eufóricos e ansiosos para a verem de perto (especialmente pai, mãe, avós, tios avós, tios e tias, primos e primas), ao vivo e em cores; aí incluída a galera de amigos da família, muito ligada no seu nascimento, desde muito antes da “Estrela Guia” anunciar sua chegada. Impossível não se enternecer com o advento da menina; ainda mais quando sabemos que a criaturinha chega isenta de pecados – do pecado original e de outros mais graves.

Que a nossa amada bebê consiga ter um relacionamento primoroso com seus semelhantes

A garotinha veio ao mundo no ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de dois mil e vinte, por volta de 20:18 min deste 26 de outubro, em Brasília, a capital da República, Latitude: 15° 46′ 48” sul, Longitude: 47° 55′ 45” oeste.

A guria escolheu nascer, ou o Poder Superior fez esta escolha por ela, em uma região que, na visão de São João Bosco, está fadada a ser “a grande civilização, a Terra Prometida, onde correrão leite e mel; e que será de uma riqueza inconcebível”. Oxalá Alana possa contribuir para que tal riqueza um dia seja melhor distribuída.

Que a nossa amada bebê consiga ter um relacionamento primoroso com seus semelhantes, para que receba influências positivas da família e de todos os seres humanos; que seja alguém conectada com a espiritualidade, e que busque o conhecimento para evoluir na vida, sempre; que goste das pessoas, e que tente com boa vontade e determinação fazer o bem, diariamente; e que ainda pratique a generosidade como um estilo de vida, algo muito necessário neste mundo, embora pouco valorizado nos últimos tempos. É o que este avô lhe deseja, de coração!

Deus queira que ela também possa defender a cultura feminista, que prevê igualdade entre gêneros e combate ao machismo. Tomara que a pequena se engaje de corpo e alma na luta contra o patriarcado, esse sistema cruel em que homens detêm o poder primário, com predomínio sobre liderança política, autoridade moral, privilégio social e outros controles, em detrimento da mulher. Espera-se que a garotinha cerre fileiras contra esse sistema extremamente cruel e desumano, que, em pleno Século XXI, ainda permite que homens explorem mulheres.

Quem recorrer ao Google, descobrirá que Alana é um nome que teria se originado do céltico, do gaélico ou de uma tribo iraniana que migrou para a Europa nos Séculos IV e V. As batizadas assim costumam ser afetivamente chamadas de Lana ou Nani. Embora Alana signifique formosa, bela, harmoniosa, o que importa de verdade é a sua beleza interior: que seja uma pessoa que busque a felicidade, e que atue neste mundo para melhorar a compreensão, o entendimento e o amor dos seres humanos entre si e com o Poder Superior.

Para nós, integrantes do seu fã clube, a novidade que salta aos olhos é que Alana é a melhor notícia que recebemos em 2020. Este tem sido um ano de muitas novidades, porém nenhuma delas é mais alvissareira do que a boa nova representada pela chegada da menina entre nós. Venha em paz ‘Pequetita’, ocupe o seu lugar nestas plagas e desfrute da vida com todos os direitos e deveres que temos. E saiba que, para o vovô Cesar, um desses avôs corujas declaradamente assumidos, a notícia de sua chegada merece ser publicada em manchete de primeira página.

Luiz Cesar de Moraes é jornalista e avô em Cuiabá

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