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quinta-feira, abril 25, 2024
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Estudantes de Sinop vencem desafio da indústria com concreto à base de vidro

Descartar embalagens de vidro é sempre um desafio. E para dar uma solução ao resíduo e evitar que os cacos sejam jogados em locais indevidos, uma equipe de estudantes de Sinop propôs usar o material para fazer concreto. Tão resistente quanto outros materiais e de baixo custo, o vidro pode substituir a brita em até 25%. O projeto levou o primeiro lugar no Grand Prix Senai de Inovação Etapa Estadual, realizado durante a 16ª Semana Nacional da Ciência e Tecnologia (SNCTI).

O administrador Marco Aurélio Martins, 46 anos, estudante de Eletrotécnica, foi o líder da equipe vencedora. Ele voltou a estudar depois que começou a trabalhar em uma empresa de eletricidade para conseguir desempenhar melhor as funções na empresa. Já no Senai, encantou-se pelas propostas de inovação e quis participar do Grand Prix – etapa escolar.

“A oportunidade surgiu e a gente abraçou. Como eu venho de uma empresa que atua neste ramo da indústria e já havia participado de testes com outros materiais para a produção do concreto, sabia que poderia dar certo. Então, começamos a pesquisar e vimos que já existiam relatórios provando a resistência do vidro. No trabalho em equipe fomos aprimorando o projeto até chegar nesse resultado”, explicou. Eles tiveram todo o suporte da interlocutora de inovação do Senai Sinop, Sheila Katie Santos.

O segundo lugar do GP foi para a equipe de Sorriso que desenvolveu uma fracionadora de grãos para cervejarias artesanais. A empresa que propôs o desafio relatou ter dificuldade de garantir a qualidade do grão, já que o produto ficava exposto ao contato humano e fatores externos.

“Pensamos em uma fracionadora totalmente envelopada. Todo o projeto é automatizado por meio de um sistema eletropneumático que reduz bastante o custo da implantação no mercado de vendas. Os maiores desafios foram a montagem, elaboração do sistema e a transmissão da ideia de forma eficiente para os jurados”, afirmou o estudante de Eletrotécnica Matheus Vinícius Souza Furtado, 22 anos, integrante da equipe. O grupo foi acompanhado do instrutor e interlocutor de inovação Elder Pimpão.

Já o terceiro lugar foi para a equipe de estudantes do Ensino Médio Técnico do Sesi e Senai de Cuiabá. Eles desenvolveram a solução para a seleção de tilápias em criações usando tanques. Hoje, o trabalho é feito de forma manual, desde pegar o peixe, pesar e dar a destinação devida: o abate ou o retorno ao tanque para peixes menores. Entre as reclamações da empresa estão as lesões nos trabalhadores, hematomas e estresse nas tilápias e demora no processo de seleção.

Gabrielly Borges, 15 anos, disse que chegar até uma solução não foi fácil. “Cada integrante do grupo tinha uma ideia, mas todas tinham problemas, até que chegamos ao protótipo de uma máquina automatizada. O peixe entra na máquina nadando, passa pelas roldanas em gel, depois é pesado e separado em três tanques, de acordo com o tamanho, evitando o contato humano e machucados no animal. Ver o resultado desse trabalho foi muito motivador, estou muito feliz em ter uma oportunidade como essa”. Acompanhou o desenvolvimento do projeto o professor Fabio Faria, do Senai Cuiabá.

Fonte: Fiemt

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