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sexta-feira, abril 26, 2024
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Projeto de lei cria programa Vida Nova Mulher Mastectomizada

Cerca de 80% das pacientes brasileiras diagnosticadas com câncer de mama precisam recorrer à mastectomia (cirurgia de remoção da mama) para salvar suas vidas. Com o objetivo de oferecer apoio a essas mulheres em Mato Grosso, o Projeto de Lei nº 898/2020 cria o programa Vida Nova Mulher Mastectomizada.

Conforme o deputado estadual Dr. Gimenez (PV), autor da proposta, no Brasil e também no estado, a falta de diagnóstico precoce, aliada à demora no acesso a consultas, exames, biópsia e tratamento, tem levado muitas mulheres a detectar tardiamente o câncer de mama, gerando esse triste resultado.

“O programa, a ser oferecido pela Secretaria Estadual de Saúde, tem por finalidade apoiar, orientar, tratar, reabilitar e reintegrar pacientes e ex-pacientes carentes acometidos pelo câncer de mama. Neste caso, considera-se carente a mulher cuja renda familiar não ultrapasse três salários mínimos”, esclarece o parlamentar.

A proposta estabelece a necessidade de equipes multidisciplinares formadas por médicos, psicólogos, assistentes sociais e fisioterapeutas, com a finalidade de oferecer amparo psicológico individual e social à mulher mastectomizada, além de local apropriado para realização de reuniões de esclarecimento e a realização de exames periódicos de ultrassonografia e mamografia com a finalidade de controle ou prevenção ao câncer de mama.

“Também temos a preocupação de garantir acesso rápido ao oncologista, proporcionando tratamento farmacêutico, quimioterápico e radioterápico imediato; chegaram muitas denúncias até nós de que a fila da Central de Regulação é uma ‘caixa de Pandora’ e que muitas delas precisam pagar por exames e consultas se quiserem atendimento rápido, precisamos mudar isso”.

Outras garantias do projeto de lei são: aquisição de perucas, lenços, gorros, luvas, próteses externas e sutiã adequado para o seu uso, sendo de bolinhas de isopor, no período imediato pós-operatório e próteses externas de silicone, às pacientes em tratamento quimioterápico; estímulo à criação de grupos que possam oferecer oficinas de artesanato, visando a uma interação mais efetiva entre mulheres mastectomizadas, bem como um momento de troca de experiências entre elas.

Números – Uma entre 10 mulheres poderá desenvolver a doença no Brasil, em especial após os 35 anos de idade. Em muitos casos, para controle da doença, faz-se necessária a mastectomização parcial ou total da(s) mama(s) acometida(s) com o problema. Trata-se de uma intervenção cirúrgica altamente comprometedora para a psique feminina, pois afeta a estética das mulheres, o que em muitos casos reduz muito sua autoestima.

“Como, infelizmente, o câncer de mama em países do terceiro mundo é diagnosticado muito tarde, a mastectomização costuma ser total, causando ainda mais abalos às mulheres que tiveram que passar por este procedimento. Evidentemente, além do tratamento médico, para prevenir o retorno do problema, é fundamental oferecer a essas mulheres um apoio psicológico indispensável”.

Fonte: ALMT

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