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terça-feira, abril 23, 2024
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Conselheiro do TCE foi impedido pela PF de esconder R$ 10 milhões em cheques

O habeas corpus concedido em favor do conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE), Waldir Teis, pelo ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), na sexta-feira (31), revelou novos fatos relacionados a 16ª da Operação Ararath.

Segundo relatou Toffoli, cheques apreendidos durante a 16ª da Operação Ararath, no escritório da empresa Office Consultoria e Governança Tributária Ltda, que tem como sócios o advogado Emanoel Gomes Bezerra Júnior e Júlio Teis, filho do conselheiro afastado do TCE/MT, Waldir Teis, totalizam R$ 9,8 milhões.

A informação consta na decisão do ministro Dias Toffoli, presidente do STF, que determinou a soltura de Teis sob alegação de que o conselheiro faz parte do grupo de risco em relação à pandemia da covid-19. Além dos R$ 455 mil em cheques que foram apreendidos quando o conselheiro os amassou e jogou na lixeira, também foram encontrados canhotos anotados.

“Quatro com anotações no valor de R$ 100 mil e um em que está escrito o pagamento de R$ 3,8 milhões, totalizando gastos que somam R$ 4,2 milhões”, diz trecho da decisão que A Gazeta teve acesso.

A decisão ainda revela que os policiais federais encontraram 13 canhotos de cheques anotados, que foram emitidos em 2019, sendo “8 canhotos (cheques nº 412 a 419), cada um com anotação de pagamentos de R$ 155 mil”. “Destaca-se ainda o canhoto do cheque nº 420, com valor de R$ 3,9 milhões. Toda essa documentação, imprescindível à demonstração da lavagem de capitais pela organização criminosa, seria perdida, caso Waldir Teis tivesse completo sucesso em sua empreitada”, diz trecho da alegação do Ministério Público Federal (MPF).

A Operação Ararath investiga esquema de corrupção, lavagem de dinheiro, financiamento clandestino de campanhas eleitorais e enriquecimento ilícito, entre 2006 a 2014, envolvendo políticos, empresários e bancos em Mato Grosso.

O MPF investiga o patrimônio dos conselheiros desde 2017, quando o ex-governador Silval Barbosa firmou delação premiada e confessou que havia selado um acordo com membros do TCE-MT para que ele pagasse R$ 53 milhões a título de propina em 2013. Com informações do Folhamax.

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