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sexta-feira, abril 26, 2024
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OMS: nenhum registro de morte pela Ômicron em 38 países

Revista Oeste

Ômicron, variante do coronavírus detectada pela primeira vez na África do Sul, já foi encontrada em 38 países e, segundo informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na sexta-feira 3, não causou a morte de nenhum paciente infectado com a nova cepa. As informações são da agência France-Presse.

Apesar do pânico generalizado que se instalou no mundo, prejudicando a recuperação da economia global, a OMS alertou que pode levar semanas para determinar os efeitos da Ômicron sobre o contágio, qual o impacto sobre as reinfecções ou a eficácia das vacinas.

Risco de reinfecções

Estudo preliminar realizado por pesquisadores na África do Sul sugere que é três vezes mais provável que a Ômicron cause reinfecções em comparação com as cepas Delta ou Beta.

Para o virologista José Eduardo Levi, coordenador de pesquisa e desenvolvimento da Dasa, uma das maiores redes de saúde integrada do Brasil, casos de reinfecção são comuns. “Em Manaus, com a Gamma, foi estimado que 30% dos casos foram de reinfecção. Só que não tinha vacina”, lembra Levi. “Com a Ômicron também vai ocorrer casos de reinfecção, mas a tendência é que sejam infecções mais leves, com menos mortes.”

Em entrevista a Oeste, Levi avalia quais são as maiores preocupações em relação à nova variante e como a descoberta pode impactar os rumos da pandemia no mundo e, claro, no Brasil.

A Ômicron pode causar um surto de contaminações no Brasil?

O Brasil tem uma vantagem. Neste momento, além da queda no número de casos, nossa taxa de vacinação continua aumentando, enquanto em outros países ela estagnou. Nosso teto de antivacina deve chegar a 5% da população e é provável que cheguemos a 95% de vacinados até o final do ano. Mesmo que já tenham alguns casos da Ômicron no país, ela vai chegar em um cenário diferente do que encontrou na África do Sul, por exemplo, que registra uma taxa de 24% da população adulta completamente vacinada. É muito baixa. Prefiro ser otimista. Em vez de apostar no pior, temos de ter calma. Estamos em um momento de muita incerteza. Não vamos apostar que a Ômicron vai detonar, porque com a Delta não foi assim.

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