Você se lembra de qual foi o primeiro presente que deu para sua mãe? Ou quando a desejou um feliz Dia das Mães pela primeira vez? Diferente do Natal, em que somos sempre lembrados do motivo da celebração, não nos damos conta de que em um momento da nossa história nós passamos a celebrar a existência de quem nos deu a luz.
Mas, com o Dia das Mães chegando, é interessante lembrar porque comemoramos essa data tão especial e saber qual a história por trás dela. Para começar, houve um motivo e uma pessoa para a criação do dia que celebra as mães e seu nome era Ann Reeves Jarvis.
Os primeiros Dias das Mãe
Completamente diferentes do que conhecemos hoje, os primeiros Dia das Mães eram os dias que funcionavam os Clubes de Trabalho, grupos de mulheres que se reuniam para executar atividades que ajudassem a melhorar a qualidade de vida de outras mulheres e diminuir a mortalidade infantil. Fundados por Ann Reeves Jarvis, muitas das ações promovidas pelos grupos eram voltadas para melhorar as condições sanitárias, problema grave nos Estados Unidos de 1850, quando os grupos foram criados.
Nos anos seguintes, os grupos evoluíram e passaram a tratar de outros temas relevantes para as mulheres. Os Dia das Mães, então, se tornaram piqueniques organizados por Ann Reeves Jarvis, onde mulheres eram encorajadas a participarem da política e promoverem a paz.
O fim se tornou início
Embora tenha inspirado a criação da data por sua vida, foi a morte de Ann Reeves Jarvis que motivou a criação do Dia das Mães como conhecemos hoje. Após o falecimento de sua Reeves, sua filha, Anna Jarvis, passou a realizar missas em homenagem a Ann Reeves e deu início a uma campanha para mostrar para outras pessoas, principalmente jovens e crianças, a importância da figura da mãe.
Três anos depois, a luta de Anna Jarvis começou a dar resultados mais expressivos, quando conseguiu convencer a Igreja Metodista Andrews de Grafton, West Virginia, onde vivia, a celebrar um culto em homenagem às mães. A primeira celebração de Dia das Mães aconteceu em 10 de maio. Logo as cidades vizinhas passaram a adotar o rito e a data rapidamente se tornou popular em todo o estado.
Em muito pouco tempo, o Dia das Mães já era comemorado na maior parte dos Estados Unidos. Em 1914, nove anos após a morte de Ann Reeves Jarvis, o então presidente do país, Woodrow Wilson tornou a data oficial e decretou que a celebração deveria ser realizada em todo segundo domingo de maio. O papel decisivo de Anna Jarvis, que esteve envolvida inclusive na escolha da data, fez com que ela se tornasse patrona do Dia das Mães.
Dia das Mães no Brasil
Embora a data só tenha sido oficializada em 1932, pelo então presidente Getúlio Vargas, a comemoração do Dia das Mães em terras tupiniquins começou muito antes. No dia 12 de maio de 1918, a Associação Cristã de Moços de Porto Alegre realizou a primeira celebração em homenagem às mães
Outras organizações, principalmente de cunho religioso, passaram a adotar a data em seus calendários, mas só duas décadas ela foi oficializada, seguindo os moldes da celebração nos Estados Unidos.
Dia das Mães na antiguidade
Embora a data tenha sido criada no século XX, a celebração da figura da mãe é algo tão antigo quanto a humanidade. Na Grécia Antiga, por exemplo, havia um dia em homenagem à deusa Reia, mãe de todos os seres, quando eram realizadas ofertas e oferendas a ela.
Em Roma, os festejos eram realizados em homenagem a Cibele, mãe dos deuses romanos, e duravam 3 dias, de 15 a 18 de março. Nos primórdios do cristianismo, a celebração foi transferida para a figura da Virgem Maria, mãe de Jesus.