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sexta-feira, abril 19, 2024
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Candidato acusado de tráfico tem candidatura deferida em Várzea Grande

Do Folhamax | O juiz eleitoral Alexandre Elias Filho reconsiderou sua decisão e deferiu o registro de candidatura do vereador de Várzea Grande e candidato à reeleição, Jânio Calistro (DEM), que é acusado de envolvimento com tráfico de drogas no município. O político havia sido impedido de tentar outro mandato justamente por responder à processos criminais investigados pela Operação Cleanup.

Calistro foi preso em 19 de dezembro de 2019 acusado de favorecer uma quadrilha de traficantes. Segundo a Polícia Civil, ele também era integrante de organização criminosa associada o Comando Vermelho, principal facção criminosa que atua em Mato Grosso.

No dia 2 de novembro, ao julgar o registro de candidatura, o juiz destacou a existência de processos criminais e cíveis tramitando contra o vereador, que, apesar de ter apresentado certidão de inteiro teor não protocolou a “certidão de objeto e pé” com o breve resumo da movimentação processual. “Assim, a ausência da certidão de objeto e pé representa ausência de condição de registrabilidade”, afirmou o juiz no despacho.

No recurso, o parlamentar apontou que contradições na tramitação do processo induziram o juízo ao erro. Ele ainda protocolou os documentos exigidos pela Justiça Eleitoral.

Ao rever a decisão, o magistrado entendeu que Calistro apresentou todos os documentos necessários para disputar o pleito e, por isso, estaria apto a buscar a reeleição ao Legislativo várzea-grandense. “Destarte, considerando que o(a) candidato(a), com a apresentação do recurso e dos documentos faltantes, preencheu todos os requisitos formais, o registro deve ser autorizado. Ante o exposto, reconsidero a decisão anterior para deferir o Requerimento de Registro de Candidatura aviado nos autos, nos termos do art. 267, §7º, do Código Eleitoral Brasileiro. No mais, cumpra-se integralmente referido decisum” diz decisão.

OPERAÇÃO CLEANUP

Calistro foi preso durante a Operação Cleanup, deflagrada pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), que desbaratou uma quadrilha voltada para o tráfico de drogas na cidade de Várzea Grande.

Durante as diligencias, escutas autorizadas apontaram que Calistro e o também investigado João Vanderson, o “Peruca”, articulavam roubar uma carga de drogas avaliada em R$ 1,8 milhão em uma chácara de bolivianos. Na ocasião, ambos chegaram inclusive a combinar que a carga deveria ser escondida em caixas d’água enterradas.

O trabalho investigativo durou cerca de 70 dias e permitiu identificar diversas pessoas associadas para o tráfico, sendo realizadas as prisões em flagrante de 6 pessoas e apreensão de grande quantidade de drogas em posse dos presos através da expedição de 23 mandados de prisão e 33 de busca e apreensão.

No fim de janeiro, Calistro entrou com um pedido de Habeas Corpus no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, contudo, o requerimento foi recusado pelo desembargador Gilberto Giraldelli, da 3º Câmara Criminal, que considerou superficiais as contestações feitas pela defesa já que, segundo ele, ficou claro a relação do político com os investigados.

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