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terça-feira, março 19, 2024
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Bastidores da República

A morte da ex-primeiradona Marisa Letícia, esposa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, suscitou muita polêmica, inclusive de oportunismo político de lado e outro. O fato, porém, é que não se pode negar a importância que dona Marisa na vida de seu marido e no partido que ambos ajudaram criar.

Marisa Letícia, 66 anos, faleceu no dia 3 de fevereiro depois de dez dias internada por conta de um acidente vascular cerebral (AVC).O velório foi no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, cidade em que reside a família Lula. O caixão foi coberto com as bandeiras do Brasil e do PT. O ex-presidente Lula e os filhos do casal recebem os cumprimentos de amigos e políticos, entre eles de todas as correntes políticas, inclusive de seus adversários.

O presidente da República, Michel Temer, lamentou o falecimento da ex-primeira-dama e transmitiu, em nota, condolências ao ex-presidente Lula e aos familiares e amigos. Uma edição extra do Diário Oficial da União saiu com o decreto de Luto Oficial pelo falecimento de Dona Marisa.

Descente de italianos e nascida em São Bernardo do Campo, dona Marisa Letícia era a penúltima dos dez filhos de Dona Regina. Começou a trabalhar aos nove anos de idade como babá. Aos 13 anos, tirou uma carteira especial para menores de idade, para ser funcionária de uma fábrica de chocolates, onde trabalhou por oito anos. Saiu após conhecer seu primeiro marido, o taxista Marcos Cláudio, pai do seu primeiro filho, Marcos. Seis meses depois, grávida do segundo filho, ficou viúva, após o marido ser assassinado.

Marisa conheceu Lula em 1973, no Sindicato dos Metalúrgicos de sua cidade natal. Se casaram sete meses depois e tiveram três filhos: Fábio, Sandro e Luís Cláudio. Marisa tinha ainda uma enteada, Lurian, filha de Lula com a ex-namorada Miriam Cordeiro.
Alckmin quer Fórum Nacional visando 2018

O Fórum do Brasil Central, que reúne governadores do Centro-Oeste, Distrito Federal, Tocantins e Rondônia, passa agora a contar com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, convidado pelo governador de Goiás, Marconi Perillo, coordenador do bloco.
Tucano como Perillo, Pedro Taques (MT) e Reinaldo Azambuja (MS), Alckmin aposta na ampliação do Fórum para o âmbito nacional para se cacifar para a disputa da presidência da República em 2018. Aécio Neves está com a barba de molho.

Legalização da maconha

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, notório defensor da legalização da maconha, elogiou o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que na semana passada defendeu a mesma proposta.Barroso defendeu a legalização da maconha como forma de aliviar a crise nos presídios brasileiros, abarrotados de consumidores da droga. Para ele, a medida seria um duro golpe nos traficantes da droga, o que diminuiria as condenações.O ministro foi mais além em sua proposta e disse que a legalização da maconha servia como um experimento e, que se der certo, poderia ser aplicado à cocaína. Para ele, a legalização não deve ser só do consumo, mas também da produção e distribuição.

Encontro entre Temer, Lula e FCh

A ida do presidente Michel Temer e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para prestar solidariedade ao ex-presidente Lula pela morte de dona Marisa suscitou a possibilidade de uma reunião entre os três para discutir a crise política que vive o país.Apesar de Temer, FHC e Lula terem aventado a possibilidade, a iniciativa para tal encontro não deve partir de nenhum deles, até porque um acordo estaria muito longe de acontecer.

Frágil sigilo sobre as delações

Os mais de 900 depoimentos que compõem o pacote de delações da Odebrecht, homologado pela presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, serão mantidos em sigilo pelo novo relator da Lava Jato, Edson Fachin.Contudo, mesmo guardados numa sala-cofre na Procuradoria Geral da República, os vazamentos são impossíveis de se conter. Isto porque muita gente – entre advogados das partes, juízes, promotores e policias – tem acesso aos depoimentos.Mesmo citado em depoimentos de delatores, presidente Michel Temer insiste que seja levantado o sigilo. Temer sabe que com o sigilo os vazamentos seletivos podem atingir ele e seus principais auxiliares, muitos dos quais também citados.

Blindado, Moreira ainda pode perder cargo

Ainda repercute nos bastidores a nomeação de Moreira Franco para ministro da Secretaria Geral da Presidência, sendo assim “blindado” e, portanto, devendo ser investigado e julgado somente pelo Supremo.Com o “brinde”, Moreira Franco ainda tenta convencer que sua blindagem não se iguala à de Lula, quando a ex-presidente Dilma tentou transformá-lo em ministro-chefe da Casa Civil, para não deixa-lo cair na investigação de Sérgio Moro. Ação contra ele no ministério ainda tramita no STF.
Dallagnol teme por fim da Lava Jato

Quem está de orelha em pé é o procurador da República DeltanDallagnol. Em seu perfil no Faccebook ele deixou claro o receio de que a nomeação de Alexandre Moraes para a vaga de TeoriZavaski possa prejudicar a Operação Lava Jato.Segundo Dallagnol, “o novo ministro pode inverter o placar”, disse em referência ao fato da decisão do STF aprovada no ano passado ter sido aprovada por seis votos a cinco. “No mundo, os réus são presos após o julgamento na primeira ou segunda instância. O entendimento do STF nesse tema é vital para a efetividade do direito e processo penais”, completou.
Temer se fortalece no Congresso

A vitória de Rodrigo Maia e Eunício Oliveira na presidência da Câmara e Senado, respectivamente, demonstra a força e articulação política de Temer junto ao Congresso Nacional e aponta que a oposição precisará de muito esforço para conseguir travar qualquer que seja o projeto enviado pelo Governo Federal.Após o impeachment de Dilma, o presidente da Câmara se tornou o primeiro na linha sucessória da presidência da República, em seguida, o presidente do Senado. Contudo, o processo eleitoral da Câmara pode não ter sido finalizado ainda, uma vez que…

Bancos preocupados com quebra de empresas

O aumento do desemprego, a queda da renda dos assalariados, a redução das vendas no varejo e a falência de empresas está preocupando o setor financeiro. Por isso os bancos estão criando equipes para evitar quebra de empresas. As equipes especializadas deverão “ajudar na reestruturação das companhias antes que a situação financeira se torne insustentável”. O sinal de alerta foi dado no ano passado, quando a crise econômica se agravou em decorrência da instabilidade política. “Depois de amargarem perdas com a deterioração financeira de grandes empresas, que entraram em recuperação judicial ou estão envolvidas na Lava Jato, os maiores bancos privados do País – Itaú, Bradesco e Santander – começaram, nos últimos meses, a se organizar para evitar uma crise ainda maior. A preocupação é que essa onda de recuperações se intensifique e provoque um efeito cascata de estragos na já combalida economia do País”, descreve matéria do Estadão.

Dito & Feito

“O objetivo dos congressistas era construir uma ampla base de apoio político para conseguir, pelo menos, aprovar três medidas de alteração do ordenamento jurídico em favor da organização criminosa.”
Rodrigo Janot, procurador-geral da República, ao pedir abertura de inquérito contra Renan, Jucá, Sarney e Sérgio Machado

“É vedado o acesso daqueles que estiverem no exercício ou tiveram exercido cargo de confiança no Poder Executivo (…)de maneira a evitar-se demonstração de gratidão política ou compromissos que comprometam a independência de nossa Corte Constitucional.”
Do ministro da Justiça, Alexandre Moraes, em sua tese de doutorado defendida na Faculdade de Direito da USP, se referido à indicação ao cargo de ministro do STF

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