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quinta-feira, abril 18, 2024
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Queimada no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (MT) atinge pontos turísticos e fumaça deixa vias intrafegáveis

Há mais de duas semanas, um incêndio tem destruído as florestas no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá. Nesse fim de semana, um foco atingiu a área do Portão do Inferno, um dos pontos turísticos do parque que fica às margens da MT-251. O fogo próximo
à rodovia tem prejudicado o tráfego entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães e, em alguns pontos, o trecho a visibilidade é quase zero.

O fogo está se espalhando rapidamente por causa do calor e da baixa umidade. As chamas também já chegaram nas áreas onde ficam duas cachoeiras que atraem muitos turistas, a Cachoeira da Geladeira e a Cachoeira do Marimbondo.

“Em Chapada temos três grandes incêndios, um na região do Manso, outro no Portão do Inferno e outro na região do Peba, que requer esforço das equipes”, disse o tenente-coronel Dércio Santos da Silva, do Corpo de Bombeiros.

Ele explicou que no Portão do Inferno, o fogo está sendo combatido pelos brigadistas do Instituto Chico Mendes (ICMBio).

Segundo o Corpo de Bombeiros, nesta segunda-feira (9), além do Portão do Inferno, as equipes estão combatendo os incêndios florestais nas regiões do Peba e do Manso.

Nesse combate, estão sendo usadas aeronaves, que estão jogando água, além do trabalho que está sendo feito em terra.

O último número do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra que Mato Grosso já teve de janeiro até esse domingo (8). Foram 19.711 pontos de calor. Esse é o pior nível dos últimos nove anos. O Pará, que é o segundo estado em registros focos de calor, está com pouco mais de 13 e 500 casos. Com isso, no fim de semana, o país passou a marca dos 100 mil focos no fim de semana.

Desde janeiro, foram quase 103 mil focos de calor registrados no Brasil. E essa grande quantidade de queimadas em Mato Grosso já tem efeitos no agronegócio. Nas propriedades rurais que foram atingidas pelo fogo, os agricultores já calculam que vão gastar mais dinheiro para deixar o solo em boas condições para a próxima safra.

Os incêndios têm destruídos a palhada – restos dos plantios anteriores -, que serve para proteger o solo. Há produtores estimando um custo extra para aplicar os nutrientes necessários para manter a produtividade.

Em um dos casos, no município de Sorriso, a 420 km de Cuiabá, a palhada atingida pelo fogo vai ser substituída por uma planta que cresce rápido, aplicação de adubo e trabalho de tratores. Nesse caso, devem ser gastos cerca de R$ 100 mil além do previsto.

Por G1 MT e TV Centro América

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