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sábado, abril 20, 2024
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Pesquisa analisa como fintechs e bancos podem democratizar os serviços financeiros

Foram mais de mil usuários de smartphone (das classes A, B e C) entrevistados online na Colômbia, no México e no Brasil. Entre as descobertas, 71% deles gostariam de ter um maior relacionamento com seus bancos, baseado em experiências personalizadas; e 61% dos brasileiros já usam carteiras eletrônicas.
De acordo com recente pesquisa do Banco Mundial com 150.000 pessoas, The Global Findex Database 2017: Measuring Financial Inclusion and the FinTech Revolution, 69% dos adultos que responderam a pesquisa têm uma conta bancária. Isso varia significativamente na região da América Latina, com o Brasil alinhado à média global, com 70%, enquanto a penetração de serviços bancários é muito menos pronunciada em países como a Colômbia, com 46%, e o México, com 37%.
No entanto, uma das descobertas notáveis do mesmo relatório é que dois terços das pessoas sem acesso a bancos usam telefone celular. Isso é importante por demonstrar que, mesmo que muitos clientes em potencial não tenham acesso a bancos, eles terão a possibilidade de acessar transações semelhantes às bancárias de novas maneiras e de fazer negócios por meio de smartphones.
Tendo esse pano de fundo como norte, a IDC realizou, sob encomenda do PayPal, a pesquisa “Como as FinTechs e bancos podem democratizar os serviços financeiros na América Latina”, que entrevistou 1.067 usuários de smartphone na Colômbia, no México e no Brasil. Missão? Desvendar o relacionamento dos clientes com as instituições bancárias e com as FinTechs, e encontrar pontos-chave para o desenvolvimento de um novo relacionamento entre eles em prol do consumidor.
A seguir, os highlights do estudo:

As FinTechs representam uma oportunidade para ajudar as organizações bancárias a obter um entendimento mais próximo das necessidades dos clientes, mantendo a confiança e fornecendo serviços para recrutar e reter a próxima geração de clientes móveis.

  • Os esforços conjuntos entre instituições bancárias/financeiras tradicionais e a mais nova geração de FinTechs serão um poder transformador para a democratização dos serviços financeiros na América Latina. Mais de um quarto de bilhão de pessoas em todo o mundo entrarão nos mercados financeiros formais por meio de serviços financeiros básicos nos próximos três anos.
  • Mais da metade dos entrevistados entre 18 e 49 anos de idade na América Latina usam smartphone como método para acessar serviços bancários/financeiros.
  • México, Brasil e Colômbia representam 69% do ecossistema de fintechs na América Latina.
  • 56% dos brasileiros pesquisados usam serviços financeiros/bancários sem localizações físicas/agências.
  • 24,3% interagem com instituições bancárias/financeiras via mobile no Brasil.
  • 65% dos brasileiros usam smartphones via app para abrir conta em banco ou adquirir produtos/serviços financeiros; e 52% fazem isso de forma online por meio de seu PC.
  • 45,3% dos brasileiros usam cartões de crédito e débito (separadamente).
  • 43% dos pesquisados no Brasil usam cartão de débito e 57% usam cartão de crédito.
  • 50% dos brasileiros usam cartão de crédito para angariar pontos e recompensas nos programas de fidelidade; 66%, por causa dos prazos e das condições de pagamento; e 48% para ter mais controle sobre o orçamento.
  • 58% dos brasileiros usam cartão de débito para controlar melhor as finanças; e 55% porque seu salário cai na conta em que o cartão está vinculado.
  • 73% dos pesquisados no Brasil usam cartão de crédito para compras com valor acima de US$ 50; e 39% usam cartão de débito para compras com valor abaixo de US$ 50.
  • 61% dos brasileiros usam digital wallets.
  • 64% dos brasileiros não usam serviços de instituições bancárias sem localizações físicas/agências porque não estão familiarizados com esse tipo de empresa.
  • A única empresa com pontuação mais alta do que a categoria geral de bancos foi o PayPal, que recebeu notas altas em categorias como proteção de dados financeiros, atendimento ao cliente, facilidade de interação, velocidade para resolver problemas e no quesito “a empresa em que posso confiar”.

Também com base na pesquisa da IDC e nas conclusões do levantamento, a seguir estão algumas linhas de negócios nas quais fintechs e organizações financeiras podem encontrar oportunidades de parceria.

Banco de varejo. Aplicativos de celular bem desenvolvidos revolucionaram o modo como os consumidores usam contas vinculadas ao acesso em smartphones. Isso se tornou mais atraente para os usuários mais jovens, que também buscam sofisticação e têm menos afinidade com o sistema bancário tradicional.

  • Mais da metade da amostra entrevistada usou um telefone celular para abrir uma nova conta bancária ou obter um novo produto ou serviço financeiro.


Pagamentos no varejo.
 Os usuários valorizam a variedade de opções de pagamento (off-line, on-line, móvel e entre pessoas físicas), mas sua melhor experiência se dá quando podem substituir a inserção manual de dados para pagamentos, faturamento e frete com um único toque na tela. O pagamento via smartphone no ponto de venda está ganhando maior aceitação.

  • Mais de um terço dos entrevistados preferem usar seu smartphone para pagar contas ou transferir dinheiro, com suas expectativas crescentes para o futuro.
  • A penetração de serviços bancários entre as classes A, B e C é alta. Mais de 45% da amostra usam cartões de crédito e débito. Os programas de fidelidade e recompensas ajudam em sua experiência de compra.


Pagamentos a comerciantes.
 São atraentes os meios que não implicam na necessidade de equipamentos específicos para ponto de venda, taxas padronizadas e processos simples que aceitem cartões de débito/crédito, além de pagamentos eletrônicos. As empresas podem ampliar experiências móveis com as quais os consumidores já estão familiarizados.

  • A mobilidade também está contribuindo com a inclusão bancária por meio do uso de carteiras digitais. Seu uso e aceitação estão intimamente ligados à faixa etária.


Empréstimos ao consumidor.
 O mercado de empréstimos digitais conecta instituições bancárias e fintechs com empresas ou consumidores, individualmente ou em conjunto, com classificação de risco e taxas nominais. Os usuários e as empresas recebem benefícios com taxas de juros mais baixas do que poderiam obter dos credores padrão.

O uso de aplicativos em smartphones para comunicação, digitalização de documentos obrigatórios e atualização de formulários resultam em uma experiência positiva para o consumidor e em um processo simplificado para os bancos. Além disso, as operações e os processos para ambas as partes são convenientes e diretos.

  • O uso de serviços financeiros ou bancários oferecidos por empresas exclusivamente mobile, sem localização física ou agências tornou-se mais popular na América Latina.
  • 11% dos empréstimos pessoais mais recentes da amostra foram solicitados por meio de um smartphone e 7% por meio de uma fintech.

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