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sexta-feira, março 29, 2024
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As empresas são fundamentais para alcançar desenvolvimento sustentável, diz representante da ONU Brasil

A iniciativa privada é responsável por gerar grande parte dos empregos no país e ela é fundamental para promover o alcance do desenvolvimento sustentável. Essas foram as palavras usadas pelo coordenador-residente da ONU Brasil, Niky Fabiancic, durante a participação no CICLOS – Congresso Internacional de Sustentabilidade para Pequenos Negócios, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá.

Fabiancic foi convidado para falar sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), elaborados pela Organização das Nações Unidas (ONU) e incluídos na Agenda 2030, da qual o Brasil integra. A Agenda possui 17 objetivos sustentáveis e 169 metas que incluem a erradicação da pobreza, agricultura sustentável, educação de qualidade, igualdade de gênero, energia acessível e limpa, consumo e produção responsáveis, entre outros objetivos.

“É uma agenda transformadora que busca construir um Brasil mais próspero, mais pacífico, mais igualitário e onde todos e todas tenham, no futuro, oportunidades. O Brasil está fazendo enormes progressos, mas ainda temos um longo caminho a percorrer, e a ONU está comprometida em apoiar o governo e o povo brasileiro a alcançar os seus objetivos.”

O coordenador-residente citou que para construir um mundo melhor não basta apenas o Poder Público estar disposto a realizar as ações, é preciso que as empresas estejam dispostas a promover o alcance da Agenda, por meio de iniciativas inovadores e geração de empregos decentes. Segundo Fabiancic, o Pacto Global é uma importante ferramenta para aproximar o setor privado da ONU, de forma que a empresa possa assumir um engajamento nas causas, que são baseadas em 10 princípios universais nas áreas de Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção.

“As empresas são fundamentais para que um país possa alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável. Um governo sozinho não é capaz, precisa do apoio de toda a sociedade, das empresas, das Universidades e dos movimentos sociais. Todos são importantes e, particularmente, as empresas, porque elas podem ajudar a transformar não só a comunidade, mas também transformar as práticas internas. E com os recursos, apoiar o Estado a inovar e realizar com toda a sociedade os maiores benefícios como o acesso a serviços de qualidade, saneamento, moradia, que são importantes para ter uma qualidade de vida melhor”, finalizou.

Negócios inovadores e sustentáveis

Os negócios com ideias ousadas, revolucionárias e engajadas na preservação do meio ambiente também foram tratados em um painel, com o tema “Negócios inovadores e sustentáveis”, desenvolvido por Francesco Farruggia, presidente do Instituto Campus Party, Vinícius Lages, gerente da Assessoria Institucional do Sebrae Nacional, e Dal Marcondes, editor e jornalista do site Envolverde.

Farruggia representou a Campus Party, um evento que reúne pessoas que utilizam as mais diversas tecnologias para promover ideias inovadoras, troca de conhecimento e novos modelos de negócios. A experiência já ocorre em São Paulo e Brasília, e consegue reunir jovens empreendedores que desejam utilizar as tecnologias para mudar o mundo.

“No ano passado, começamos a vender ingressos em troca de lixo eletrônico, em Brasília e São Paulo, e conseguimos juntar 85 toneladas de lixo eletrônico com essa ideia. No ano passado também fizemos o primeiro Fórum Internacional da Amazônia Sustentável, com a presença de autoridades do Brasil e com o apoio do Sebrae. Nós organizamos esse Fórum para que não aconteça com a Amazônia o que está acontecendo com Minas Gerais, por exemplo, que estão explorando todos os recursos e deixando para trás os desastres ambientais. Para conseguir prever isso, nós criamos esse fórum de discussão para saber o que deve ser feito. Ao final, criamos um Manifesto do Meio Ambiente e encaminhados ao presidente do Congresso.”

Representando o Sebrae Nacional durante o painel, Lages aproveitou para falar sobre a importância das startups trabalharem sustentabilidade como tema central e abordou os riscos que o plástico tem trazido para a vida das pessoas. Segundo ele, algumas empresas vêm adotando práticas sustentáveis para reduzir riscos importantes.

“O Sebrae Mato Grosso sempre foi esse bloco da nossa consciência ambiental desde que o tema foi trazido. Nós incorporamos na nossa missão a sustentabilidade, o empreendedorismo. O Sebrae através do Centro Sebrae de Sustentabilidade cria essa plataforma de conhecimento, de referências, de boas práticas, de projetos, de iniciativa, então é muito bom estar aqui vendo esse evento cada vez mais com um desdobramento nos debates e vemos que o Sebrae assume realmente a sustentabilidade como um eixo de transformação da competitividade dos negócios e assim o empreendedorismo pode ajudar a mudar o país.”

O empreendedorismo de negócio foi outro grande destaque do painel. O novo modelo de negócio é baseado em trazer grandes soluções para problemas encontrados na sociedade. “O tema sustentabilidade em si já é um grande propósito. Estamos há décadas tentando alcançar um padrão de desenvolvimento que tenha os critérios de sustentabilidade encaminhados e oriente o processo econômico. Tem que ter um grande desejo de transformar o mundo, de trabalhar os grandes problemas que a humanidade ainda enfrenta hoje, como fome, desemprego, poluição atmosférica e oceânica. É preciso ter o propósito de querer mudar o mundo por meio de hábitos singelos ou mais elaborados, mas que são de altíssimo impacto e possam transformar efetivamente.”

Assessoria de Imprensa / Maria Clara

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