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sexta-feira, março 29, 2024
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Doria sobe o tom e ameaça Bolsonaro com multa caso não use máscara em São Paulo

MITO É MITO

 

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (9) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) será multado se participar de um movimento de rua no Estado sem o uso de máscara de proteção. “Ele será multado como qualquer outro cidadão que não usar máscara”, declarou o governador em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes. Bolsonaro planeja participar, no próximo sábado (12), de um passeio de moto com simpatizantes do governo. O presidente prevê a participação de 100 mil motos, que terá um percurso de 120 quilômetros, na capital paulista. Como Doria o desafiou, é bem provável que Bolsonaro vá sem máscara, seja multado e reforce a sua condição de “mito”. Doria só vai dar asas à cobra, certamente. Bolsonaro deve estar rindo à toa!

VOTO IMPRESSO

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, manifestou-se sobre a questão do voto impresso, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro. Para Barroso, a implementação do voto impresso reduzirá a segurança das eleições, trazendo de volta fraudes e falhas humanas, problemas que teriam ficado no passado com a adoção da urna eletrônica. “A vida vai ficar bem pior, vai ficar parecido com o que era antes”, disse o ministro da tribuna da Câmara dos Deputados, onde compareceu para participar de uma comissão geral sobre assuntos eleitorais nesta quarta-feira. Ele acrescentou, contudo, que se o Congresso aprovar, e o Supremo Tribunal Federal (STF) validar, o TSE implementará o voto impresso. “Eu torço para que ela [aprovação] não venha, mas se vier nós cumpriremos”, afirmou.

DESCONFIANÇA

Entre os que também levantaram a questão esteve o presidente da comissão especial que discute o projeto do voto impresso, deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR). “É a fé da população brasileira que nós temos que discutir”, disse Martins. “Hoje o eleitor brasileiro tem que ter fé no software. Tem que acreditar que o que ele digitou vai ser contabilizado e depois constar no boletim de urna. Ele não pode olhar e conferir se foi registrado conforme a escolha dele. E por mais que se confie no sistema, pode haver quem desconfie. Tem que haver esta confiança”, acrescentou o parlamentar.

A CULPA É DE QUEM?

O presidente Jair Bolsonaro reconheceu nesta quarta-feira (9/6) a alta da inflação em 0,83% em maio divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, culpou governadores pela adoção de medidas de restrição, como o lockdown, em meio à pandemia de covid-19 que já vitimou mais de 476 mil brasileiros. “Tem inflação em alimentos, sim, não vou negar. Estamos, agora, tentando diminuir o preço do milho. Vai atingir diretamente a galinha, o ovo. De onde vem isso aí? Da política do ‘fica em casa, que a economia vem depois. Não é isso?’”, alegou o presidente.

SE DEU MAL

O auditor do TCU que teria repassado informações falsas à respeito das mortes por Covid-19 ao presidente da República, Jair Bolsonaro, foi afastados das suas funções. A presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministra Ana Arraes, autorizou a abertura de processo administrativo disciplinar contra Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, autor de um “estudo paralelo” no qual sustenta que metade das mortes creditadas à covid-19 não ocorreu por causa da doença. O corregedor da Corte, ministro Bruno Dantas, afirmou que “os fatos até aqui apurados pela Corregedoria são graves e exigirão aprofundamento para avaliar a sua real dimensão”. Brincou com fogo, se deu mal.

MENOS MAL

O “estudo paralelo” feito por Alexandre Figueiredo foi citado pelo presidente Jair Bolsonaro, na segunda-feira, como sendo do Tribunal de Contas da União. “Ali, o relatório final não é conclusivo, mas disse que em torno de 50% dos óbitos por covid no ano passado não foram por covid, segundo o Tribunal de Contas da União”, enfatizou Bolsonaro. O auditor estava lotado no setor do TCU que lida com inteligência e combate à corrupção. Quando começou a pandemia do novo coronavírus, ele pediu para acompanhar as compras com dinheiro público de equipamentos para o enfrentamento à doença. Enfim, ta explicado. Menos mal!

ESCREVEU NÃO LEU…

A atitude de Alexandre Figueiredo repercutiu negativamente e chegou à CPI do Senado que investiga sobre a Covid-19. O senador Humberto Costa (PT-PE) não perdeu tempo e protocolou um requerimento de convocação para chamar o auditor do TCU para explicar o suposto levantamento que indica que metade das mortes por covid-19 não ocorreu. O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), pediu para que acrescentasse um requerimento de quebra de sigilo. “Faz logo um pedido completo para a gente votar”, disse Aziz. Na verdade, estão tentando achar alguma ligação de Alexandre Figueiredo com o presidente Jair Bolsonaro.

 

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