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sexta-feira, março 29, 2024
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Deputados batem boca em voo e desembarcam em delegacia de polícia

DISSE ME DISSE

Quem nunca imaginou que um encontro casual entre dois parlamentares no desembarque de um vôo em São Paulo terminasse em caso de polícia se enganou redondamente. Os personagens são os deputados Eduardo Bolsonaro e Junior Bozzella, ambos do PSL de São Paulo e o cenário foi o aeroporto de Congonhas. Segundo Bozzella, o filho do presidente Jair Bolsonaro o teria ameaçado de morte durante o desembarque de um voo que trazia ambos de Brasília. Já segundo o “zero-três”, como é conhecido Eduardo, o que houve foi um encontro casual que deu errado. Se houve ameaças ou não, ambos terão que provar. O certo é houve registro de ocorrência na Polícia Civil e mais uma possível cisão partidária no PSL paulista.

CPI OU INQUISIÇÃO?

Com a CPI da Covid ganhando espaço no meio político e discussões acirradas na imprensa e nas redes sociais, o comando da comissão no Senado já pensa em ampliar o número de convocados para a próxima semana. Na alça de mira estão os ministros Paulo Guedes (Economia), Walter Braga Netto (Defesa) e Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil). A convocação vai atingir ao menos cinco ministros do governo federal, quatro governadores, quatro prefeitos, 13 secretários estaduais e municipais de Saúde e um membro do Supremo Tribunal Federal (STF). Outros 209 requerimentos aguardam deliberação do colegiado. Desse total, 134 são pedidos de convocação. Outros 73 são de convite, e apenas dois de informações. Pelos comentários de bastidores, a CPI está mais para inquisição do governo.

DESDOBRAMENTOS

O colegiado da CPI da Covid fez mistério quanto ao nome do membro do STF que seria convidado a depor. No entanto, foi o ministro Marco Aurélio Mello que, em março do ano passado decidiu que governadores e prefeitos poderiam adotar medidas para o enfrentamento do coronavírus — assim como o presidente da República. Fica claro que Mello será esse nome. Vai sobrar até mesmo para o ex-comandante do Exército, general Edson Pujol. Durante a gestão dele, o Laboratório do Exército intensificou a produção de cloroquina, um medicamento sem eficácia comprovada contra a covid-19.

ATAQUES

Alguns integrantes da CPI da Covid estão atribuindo ao governo, que é minoria na comissão, ataques e ameaças que supostamente estariam recebendo pelas redes sociais. O primeiro a se manifestar nesse sentido foi o senador Otto Alencar (PSD-BA), que conduziu a sessão de abertura da CPI na terça-feira. Ele disse já ter recebido mais de 500 mensagens no próprio WhatsApp, enviadas de números de diferentes estados, desde que foi escolhido para compor a comissão. Algumas delas, inclusive, com ameaças de morte e mirando até a família do parlamentar. Certamente, acusar o governo de patrocinar ameaças torna o assunto ainda mais sério e cabe ao Ministério Público e à Polícia Federal entrarem nessa história.

TÁ EXPLICADO!

Em artigo assinado na quinta-feira, publicado em vários veículos de comunicação, abordei sobre o impasse criado pela União ao não separar o montante constitucional obrigatório do auxílio emergencial para enfrentamento à pandemia. O anúncio do governo de que teria liberado R$ 20,5 bilhões a Mato Grosso, por exemplo, soou como fake news, já que o cerca de R$ 15 bilhões foram repasses obrigatórios para as áreas de Saúde, Educação e Segurança, principalmente. Após solicitação de explicações ao Ministério da Economia pelo senador Carlos Favaro (PSD-MT), ficou claro que o auxílio foi de R$ 5.044.103.126 e não de R$ 20,5 bilhões. Situação que criou constrangimento entre o Estado e a sociedade. Agora tá explicado!

GRAVIDADE OU GRAVIDEZ?

O presidente Jair Bolsonaro voltou a ironizar membros do governo nas gestões do PT fazendo analogia sobre a qualidade técnica dos atuais ministros. Segundo Bolsonaro, caso Lula voltasse ao poder, quem seria o ministro da Ciência e Tecnologia no lugar do ex-astronauta Marcos Pontes. “Marcos Pontes é um cara excepcional. Eu tenho certeza que o ministro da Ciência desse outro candidato não vai saber a diferença entre gravidade e gravidez”, comparou. A comparação surgiu antes de Bolsonaro fechar uma conversa sobre o lançamento de um laboratório para a pesquisa de nióbio e grafeno no Brasil. A comparação soou como piada e não evoluiu.

VOTO IMPRESSO

O presidente Bolsonaro tem feito gestões de bastidores para apressar a instalação da comissão que vai apreciar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da deputada Bia Kicis (PSL-DF) sobre o voto impresso. “Espero que os plenários da Câmara e do Senado aprovem ai para acabar com a dúvida se há fraude ou não nas eleições”, disse Bolsonaro em conversa com apoiadores. O presidente da República quer que o Tribunal Superior Eleitoral disponibilize no site o resultado de todas as seções do Brasil. “A apuração é pública e o voto é secreto. E ponto final”, enfatizou Bolsonaro.

CONTRAPONTO

Se por um lado a economia vai bem, por outro deixa a desejar. A boa notícia é que as contas públicas registraram saldo positivo em março deste ano diante da melhora na arrecadação e redução de despesas. O setor público consolidado, formado por União, estados e municípios, apresentou superávit primário de R$ 4,981 bilhões no mês passado, o melhor resultado para o mês desde março de 2012, quando chegou a R$ 10,4 bilhões. Por outro lado, o desemprego bate recorde e atinge 14,4 milhões de brasileiros segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE. Só nos últimos três meses foram 400 mil novos desempregados.

CONTRAPONTO (2)

Se a conta de energia elétrica pode ficar mais cara para o consumidor em maio, com acréscimo de R$ 4,169 a cada 100 kWh (quilowatt-hora) consumidos, a Petrobrás anuncia redução de 2% nos preços do diesel e da gasolina. Primeiro reajuste desde a posse do novo presidente da companhia começa a valer neste sábado (1º) nas refinarias. Os preços médios do diesel para distribuidoras cairão R$ 0,06 por litro, para R$ 2,71, enquanto a gasolina terá recuo de R$ 0,05 por litro, para R$ 2,59, detalhou a empresa. Em termos percentuais, o diesel recuará cerca de 2,17%, enquanto a gasolina terá redução de quase 2%. Um bom começo para o governo em ano pré-eleitoral. Perde-se ali, se ganha acolá.

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