“JUIZ LADRÃO”
Calma. Não se trata de futebol. A expressão juiz ladrão veio do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) sobre o ex-ministro Sérgio Moro após decisões do STF favoráveis ao ex-presidente Lula. O Supremo concedeu direito de ter acesso aos sistemas de contabilidade utilizados pela Odebrecht e decidiu que a delação do ex-ministro Antonio Palocci não poderá ser usada contra Lula. O ministro da Corte Ricardo Lewandowski também afirmou que, enquanto juiz da Operação Lava Jato, Moro “violou o sistema acusatório, bem como as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa”. Segundo Braga, a origem de tudo foi Moro. Isso vai render muita discussão!
“JUIZ CANDIDATO”
Quem não poupou elogios a Sérgio Moro foi o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Antes, ele passou a mão na cabeça de Jair Bolsonaro dizendo que “não há motivos para o impeachment”. Já na manhã dessa quarta-feira Maia acenou a Sergio Moro e disse que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública “está começando a se preparar” para as eleições de 2022 e “certamente será um candidato forte”. A declaração foi dada à rádio Banda B, de Curitiba.
DESABAFO DA PRIMEIRA-DAMA
De Brasília acompanho atento o desenrolar político também em Mato Grosso. O que me chamou atenção foi a reação da primeira-dama, Virgínia Mendes, que usou suas redes sociais para protestar contra conversas em um grupo de WhatsApp em que seu marido, o governador Mauro Mendes (DEM), é duramente atacado. As mensagens colocam em dúvida o fato se o governador estava a trabalho em São Paulo, na semana passada, quando passou mal e foi internado. Ele segue internado no Hospital Sírio-Libanês para tratamento de pneumonia. Na postagem Virginia fala do momento difícil que enfrenta com o marido internado em São Paulo e a mãe em UTI em Cuiabá, após ser diagnosticada com a Covid-19. Virgínia se diz fragilizada e critica a maldade e falta de respeito dos comentários feitos em grupo de WhatsApp e finaliza pedindo misericórdia.
ASSIM NÃO DÁ
Mais uma vez o presidente Jair Bolsonaro pulou fora da prorrogação do auxílio de R$ 600. Segundo ele, “não dá porque por mês custa R$ 50 bilhões”. No momento em que o Brasil se aproxima das 100 mil mortes por covid-19, Bolsonaro voltou a criticar governadores que mantêm medidas de isolamento social nos estados. ” A economia tem que continuar. E alguns governadores teimam ainda em manter tudo fechado”, disse hoje Bolsonaro a apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada.
ASSIM NÃO DÁ (2)
Diante da insatisfação do presidente Jair Bolsonaro com o setor de inteligência, o governo promoveu nos últimos meses uma série de mudanças em órgãos da área com o objetivo de, em sua visão, torná-los mais efetivos. Além da mudança de foco da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), vinculada ao Ministério da Justiça, que passou a monitorar opositores, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teve sua estrutura reformulada, com a criação de uma nova unidade, o Centro de Inteligência Nacional. Bolsonaro continua dando sinais de que se nada mudar, vai continuar trocando cadeiras.
PRIMEIRO ATO
O ministro da Economia, Paulo Guedes, classificou como “manicômio” o atual sistema tributário brasileiro e prometeu que a proposta de simplificação do governo não vai aumentar a carga de impostos. Segundo ele, o próximo movimento do governo para a reforma tributária é o envio de um projeto para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e os impostos.
SEGUNDO ATO
Em seguida, o próximo movimento, de acordo com Paulo Guedeso, será a proposta de mudanças no Imposto de Renda e na tributação sobre os salários paga pelas empresas. O governo quer criar um novo imposto sobre transações digitais, nos mesmos moldes da antiga CPMF, para compensar a perda na arrecadação com a chamada desoneração da folha de pagamento.“Vamos substituir vários impostos por um”, afirmou Guedes.
SEQUESTRO
Uma decisão da Justiça Eleitoral de São Paulo poderá limpar as contas (ou não) do ex-governador Geraldo Alckmin. O tucano sofrerá sequestro de bens até o limite de R$ 11,3 milhões sobre imóveis e valores constantes nas contas bancárias. A decisão é de sexta-feira, mas só foi divulgada nesta quarta (5) pela Polícia Federal, responsável pelo pedido. A decisão também atinge Marcos Monteiro, ex-tesoureiro do PSDB e ex-secretário de planejamento do governo paulista, e Sebastião Eduardo Alves de Castro, ex-assessor do tucano. No caso de ambos, o bloqueio é de até R$ 9,3 milhões.