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sábado, abril 20, 2024
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Decisão de Moro favorece Grupo Odebrecht e ex-juiz vive o seu pior inferno astral

TIRO NO PÉ

Foto: Cristiano Mariz

A nova empreitada profissional do ex-ministro Sérgio Moro promete tirar-lhe o sono. Ao menos pelo volume de críticas, Moro terá insônia. Desde que foi confirmado que ele vai atuar como sócio-diretor da consultoria norte-americana Alvarez & Marsal, até mesmo aliados do ex-juiz na Operação Lava-Jato o criticou. Para muitos, Moro errou ao se aliar a uma empresa que atua como administradora judicial do Grupo Odebrecht, empreiteira que foi condenada por ele por mais de uma vez. “A contratação de Moro fecha o ciclo de uma prática comum de atuação dos interesses dos EUA no mundo”, escreveu o PT na sua página do Twitter. Diante do quadro, Moro que era visto como potencial candidato para 2022 já é visto como carta fora do baralho.

TIRO NO PÉ (2)

Se não bastasse o mimimi, Sérgio Moro ainda terá uma dorzinha de cabeça. É que o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) que investigue a possibilidade de crime de corrupção na contratação do ex-juiz pela Alvarez & Marsal. “è evidente que, durante o exercício do cargo de juiz federal da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sergio Moro teve amplo acesso a documentos e elementos de prova referentes ao Grupo Odebrecht, fato que poderá ser utilizado em benefício da atual administração”, diz o requerimento.

FALTA NOME

Com o resultado das eleições municipais lideranças começam a arrumar o tabuleiro para o pleito de 2022. O DEM, partido que já detém os comandos da Câmara e do Senado, volta a ter peso no processo para a escolha do próximo presidente da República. O PSDB, com a vitória de Bruno Covas, em São Paulo, além da dobradinha com o governador João Doria também ganha destaque. Já o MDB, apesar da redução no número de prefeituras de 2016 para 2020 –– de 1.035 para 784 ––, continua sendo o partido que tem mais municípios sob sua gestão. No entanto, caso haja uma coalizão para se opor à reeleição o presidente Jair Bolsonaro, ainda não há consenso sobre quem terá cacife para encabeçar a demanda: Moro, Huck, Maia, Dória? Ninguém sabe!

SERÁ QUE DECOLA?

Por falar em Luciano Huck, há rumores de que a pretensão do apresentador global virar presidente da República não passou de balão de ensaio. Fora a pressão da própria Globo, com ameaça de extinguir o Caldeirão do Huck, a principal resistência vem da esposa e também apresentadora, Angélica. Foi ela, inclusive, que o fez desistir de uma possível candidatura em 2018. Mesmo assim, Huck vem sendo sondado por várias siglas. Ele é conhecido nacionalmente, tem a sua imagem relacionada a solução dos muitos problemas sociais do país e tem cacife para agregar apoio. Certamente, a palavra final será da Angélica.

OLHAR PARA O BRASIL

Embora a corrida eleitoral para 2022 já tenha começado, em termos, o grande esforço no momento será convencer o Congresso e demais setores a enfrentar a crise provocada pelo novo coronavírus, além da discussão e votação das propostas do Executivo em pauta nas duas casas de leis. Uma das maiores preocupações é com o risco de o ano terminar sem a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e do Orçamento de 2021. A discussão está travada no Congresso em razão do impasse sobre o comando da Comissão Mista do Orçamento (CMO), que ainda não foi instalada. E ainda nem falamos sobre a sucessão na presidência do Senado e da Câmara.

TÔ NEM AI

O grande índice de abstenção na eleição municipal desse ano surpreendeu ao chegar a 29,4%, um recorde de não votantes. Para o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Roberto Barroso, apesar disso “o copo está meio cheio”. Barroso considerou os 70,5% de eleitores que compareceram ás urnas para votar em plena pandemia da Covid-19 como satisfatórios. O risco maior, segundo juristas, é que a legitimidade democrática depende do comparecimento às urnas por parte da população. O desafio agora é desmobilizar o grupo dos ‘tô nem aí’.

TÔ NEM AI (2)

Há quem aposte que o desemprego também seja um elemento motivador ao distanciamento das urnas nessas eleições, além da Covid-19. Segundo o IBGE, em outubro o Brasil já tinha um contingente de 13,8 milhões de desempregados, cerca de 3,6 milhões a mais que o registrado em maio. Isso corresponde a uma alta de 35,9% no período. Com isso, a taxa de desemprego ficou em 14,1%, a maior da série. A maior taxa em outubro foi registrada no Nordeste (17,3%), seguida por Norte (15,1%), Sudeste (14,2%). Somente Centro-Oeste (12,1%) e Sul (9,4%) registraram taxa inferior à média nacional.

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