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quinta-feira, abril 18, 2024
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Brasília chega aos 61 anos, mas comemora em silêncio para evitar a Covid

CELEBRAÇÃO

Brasília completa 61 anos nesta quarta-feira (21). Sem querer copiar o título do Rio de Janeiro, que também foi Capital Federal, a cidade é maravilhosa. Patrimônio Cultural da Humanidade, berço de gente vinda de fora (assim como eu) e de gente nascida aqui. A cidade erguida no meio do Planalto Central terá uma comemoração silenciosa, diferente de anos anteriores. Tudo para se adequar aos padrões de isolamento social para se evitar infecções pelo novo coronavírus. Uma das homenagens será feita pela Fundação Athos Bulcão. Em suas redes sociais a fundação terá uma linha do tempo com publicações diárias, que, por fim, totalizarão 61 obras de Athos. Quem conhece Brasília sabe o que representa para a cidade a arte de Athos Bulcão. Tim-tim!

PRA NÃO CONTRARIAR

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), comunicou aos senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Omar Aziz (PSD-AM) que a reunião de instalação da CPI da Covid, antes prevista para a próxima quinta-feira, será apenas no dia 27. A justificativa do parlamentar é de que, em razão do feriado de Tiradentes, ficaria difícil garantir a presença dos senadores, e ele próprio quer aproveitar esses dias para organizar a assessoria da comissão. O aviso a Otto Alencar foi feito em primeira mão, pelo fato de ser ele o mais velho dos membros do colegiado, encarregado, portanto, de conduzir a sessão até a escolha do presidente e do vice — que será feita de forma semipresencial no dia 27. Aziz foi comunicado porque é o nome indicado para comandar a comissão.

FAKE NEWS

O senador Angelo Coronel (PSD-BA), um dos suplentes da comissão, é presidente da CPMI das Fake News, que está com as atividades suspensas em razão da pandemia. O colegiado que ele lidera também é motivo de preocupações para o Planalto. Formada por deputados e senadores, a comissão tem entre os alvos dois filhos de Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (Republicanos-RJ). Angelo Coronel acredita que poderá haver uma troca de informações entre as duas comissões de inquérito, sobretudo em relação à veiculação de notícias falsas sobre vacinas e outros assuntos ligados à crise sanitária.

PUXADINHO NA LAJE

O tal do teto dos gastos virou uma laje e estão tentando fazer um puxadinho em cima. Essa é a frase mais comum, aqui em Brasília, quando o assunto é o Orçamento de 2021. É que o gasto além do teto pode chegar a R$ 100 bilhões neste ano, segundo senadores. Um acordo entre o Governo e o Congresso preserva maior parte de emendas parlamentares e libera o Executivo da necessidade de compensar gastos extras no combate à pandemia. Essas mudanças constam de projeto de lei aprovado na noite de segunda-feira e, certamente, incomodou a oposição. Contudo, o próprio Governo voltou atrás e ponderou que os valores ainda não estão totalmente definidos, pois “os cálculos ainda estão sendo feitos”.

ERROS PRIMÁRIOS

Sérgio Lima

Para piorar, do jeito que foi aprovado pelo Congresso, o Orçamento não pode ser sancionado sem vetos, pois rompe o teto de gastos — regra constitucional que limita o aumento das despesas à inflação do ano anterior. Além disso, há outros problemas, inclusive cancelamento de despesas obrigatórias, que estão sendo investigadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Para não cometer crime de responsabilidade fiscal, o Palácio do Planalto negociou uma saída para o imbróglio.

DE OLHO EM 2022

O presidente Jair Bolsonaro vai tirar de letra a questão ligada ao orçamento de 2021. Outro entrave no caminho do chefe do Executivo para assumir de fato o pleito da reeleição em 2022 é o avanço da pandemia, que tem provocado o fechamento de templos. A disseminação do vírus no meio religioso e a perda de vidas entre fiéis e pastores geram forte impacto no respaldo político ao governo. Ao mesmo tempo, o Planalto vê o PT, com foco no pleito do ano que vem, e partidos do Centrão iniciarem uma cruzada em meio às lideranças evangélicas. A disputa é por uma grande fatia do eleitorado. Segundo o IBGE, em 2010 havia 42,3 milhões de evangélicos. Como a religião está em franco crescimento no Brasil, hoje já seriam mais de 60 milhões de fiéis. Tá explicado!

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