BASTIDORES DA REPÚBLICA
Bolsonaro volta a criticar Coronavac e diz que vacina obrigatória só na sua cadelinha Faísca
LENHA NA FOGUEIRA
Quem achou que a polêmica sobre a liberação ou não da vacina contra a Covid-19 no Brasil iria acabar na semana passada se enganou. Ainda vai render pano pra manga. O presidente Jair Bolsonaro continua afirmando que é contra a obrigatoriedade da vacina, mas a decisão sairá do STF que vai analisar três ações que pedem a obrigatoriedade. Pra jogar lenha na fogueira, Bolsonaro ainda disse que vacina obrigatória é somente para a Faisca. Faisca é a cadelinha da família Bolsonaro.
NÃO É NÃO!
Aqui em Brasília, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), reiterou a decisão de não subsidiar as festas do Carnaval 2021 caso a vacina contra a Covid-19 não seja disponibilizada antes do evento. As comemorações tradicionais de Ano Novo e Carnaval 2021 bancadas pelo GDF serão canceladas por causa da pandemia. “Festas deste porte só após a vacina. Para mim, esta questão já está definida”, completou o chefe do Palácio do Buriti em claro recado ao presidente Jair Bolsonaro.
PANOS QUENTES
A troca de farpas também ocorre dentro do próprio governo Bolsonaro. Os ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) foram ao Twitter para anunciar que a crise aberta na quinta-feira passada estava resolvida entre eles. Salles atacou Ramos chamando-o de “Maria Fofoca” pela mesma rede social. Ricardo Salles admitiu que exagerou na dose. Por outro lado, Luiz Eduardo escreveu que “uma boa conversa apazigua as diferenças”.
CAIU NA REDE
Cada vez mais as redes sociais estão fazendo papel de porta-voz das autoridades. Jair Bolsonaro cutuca os presidentes da Câmara e do Senado pelo Twitter. Geralmente, as respostas também chegam pelo mesmo Twitter e no mesmo tom. Nem mesmo ministros do Supremo Tribunal Federal estão imunes às redes sociais. Do presidente da Corte Suprema ao mais novo membro da Casa de Leis também usa a Internet para expressar as suas opiniões ou para responder a críticas. Não foi à toa que Otávio Rêgo Barros perdeu o emprego de porta-voz do Palácio do Planalto para o Twitter. Enfim, coisas da política.
CAIU NA REDE (2)
Por falar em rede social, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) citou em sua conta oficial no Twitter uma série de Medidas Provisórias que caducaram no Congresso e escreveu que “tem gente que é expert em tentar destruir o governo”. A manifestação do parlamentar é um crítica ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e um reforço no apoio público que vem dando ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Maia também usou o Twitter para responder: “O ministro Ricardo Salles, não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo”.
FORA DA REDE
Enquanto as desavenças políticas ganham força nas redes sociais, o secretário do Tesouro, Bruno Funchal, foi ao X Congresso Internacional de Contabilidade, Custos e Qualidade do Gasto no Setor Público, defender as reformas estruturantes que tramitam no parlamento e a manutenção do teto de gastos. Para ele, o governo precisará, a partir de 2021, melhorar a qualidade dos gastos e implementar uma nova agenda tributária. Ao menos, uma boa discussão fora das redes sociais.
BOA NOTÍCIA
Lideranças partidárias na Câmara dos Deputados articulam a votação de um projeto de resolução para autorizar o retorno dos trabalhos das chamadas comissões especiais na Casa. Esses colegiados apreciam o mérito de matérias importantes, como propostas de emenda à Constituição, mas estavam suspensos durante a pandemia. Se aprovado, o projeto permitirá destravar a tramitação de propostas importantes, como as PECs da prisão após condenação em segunda instância e a da reforma administrativa.
SEM REFRESCO
O vice-presidente Hamilton Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia, alinhou com o presidente Jair Bolsonaro e prorrogou até abril de 2021 a presença das Forças Armadas na Amazônia Legal. Foi uma dura resposta a quem dizia que o Governo o objetivo de fazer ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais. Resumindo, desmatadores e grileiros não terão refresco.


Bastidores da República
Governadores anunciam lockdown e Bolsonaro diz que estão na contramão
LOCKDOWN NO DF
A volta do crescimento nos casos da Covid-19, aqui no Distrito Federal, fez o governo acender a luz vermelha. O governador Ibaneis Rocha (MDB) determinou que a antecipação das medidas de contenção da pandemia e decreta lockdown total a partir da meia-noite desta sexta-feira (26). A ocupação de leitos de UTIs, na rede pública de saúde, chegou a 98,22%. De acordo com a Sala de Situação da Secretaria de Saúde, apenas um dos três leitos disponíveis é para adulto. Os outros são pediátricos e mais 11 estão bloqueados. Governadores do Sul e alguns do Nordeste também falam em lockdown.
CRÍTICAS AO LOCKDOWN
Quem não gostou “nadica de nada” dessa história de lockdown foi o presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, os governadores que “fecham tudo estão na contramão do que o povo quer”. “Vão para o meio do povo mesmo depois das eleições, porque durante as eleições é muito fácil. Eu quero ver é depois”, disparou Bolsonaro. A declaração ocorreu em Tianguá, no Ceará, durante a cerimônia de assinatura de ordens de serviço da Travessia local, das Variantes de Frios e Umirim e do Viaduto de Horizonte.
DESEMPREGO
Tudo parece conspirar para piorar a situação do emprego no país, que sofre com a pandemia da Covid-19. A taxa de desemprego avançou no Brasil em 2020 e encerrou o último trimestre do ano em 13,9%, percentual que corresponde a 13,9 milhões de desocupados no período. A análise da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta sexta-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aponta para o aumento 13,5% na taxa média anual de brasileiros desocupados em 2020. Trata-se do maior percentual da série iniciada em 2012.
DIVERGÊNCIA
Pelo que parece, a população está dividida quanto à privatização da Caixa Econômica Federal. Novo levantamento, encomendado pela Confederação Nacional do Transporte, mostra que 59,8% dos entrevistados rejeitam venda do banco público. A Caixa lidera relação de empresas que sociedade menos quer que seja vendida. De acordo com os dados, divulgados esta semana, apenas 28,6% das pessoas disseram ser a favor da privatização de estatais; 11,6% não souberam opinar ou não responderam. A pesquisa CNT/MDA foi realizada com 2.002 entrevistados, em 137 cidades de 25 estados, entre os dias 18 e 20 deste mês.
PELA EDUCAÇÃO
As novas universidades federais ganharam uma injeção de recursos da ordem de R$ 200 milhões. A proposta apresentada pelo senador Wellington Fagundes (PL-MT) foi uma das três acatadas pela Comissão de Educação do Senado na quinta-feira. Entre elas está a Universidade Federal de Rondonópolis, a UFR, no Sul de Mato Grosso. A emenda deve constar do Orçamento Geral da União para 2021, a ser votada ainda no mês de março pelo Congresso Nacional. As demais universidades beneficiadas estão nos estados de Tocantins, Goiás, Pernambuco e Piauí.
NOVA POLÊMICA
Uma nova discussão promete esquentar os ânimos aqui em Brasília. É que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 186, a PEC Emergencial, prevista para ser votada no Senado na terça-feira (02), pode representar um golpe fatal para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ao menos é o que dizem alguns senadores. Sobretudo, em função do artigo quarto do relatório assinado pelo senador Márcio Bittar (MDB/AC) à PEC 186, pelo fim de importante fonte de financiamento (funding) para o BNDES, ou seja, as transferências das contribuições do PIS-PASEP. Sem estes repasses o BNDES deixará de cumprir seu papel em várias frentes de mercados e sociais.
NOTÍCIA BOA
Para quem não apostava na chegada da Internet 5G ao Brasil, pode anotar essa data: julho de 2022. Quem definiu essa data foi a própria Anatel, que anunciou um leilão para quatro faixas de frequência que serão usadas nas transmissões de dados ainda neste semestre. A partir de agora, o governo deverá definir o preço dos lances dos blocos que serão leiloados. Para isso, o Tribunal de Contas da União (TCU) precisa analisar a oferta em até 150 dias, e julgue em 50 dias.
-
POLÍCIA4 dias atrás
Polícia Civil recupera em Cuiabá carga de 37 toneladas de soja produto de crime
-
ENTRETENIMENTO6 dias atrás
‘BBB 21’: Embaixada dos EUA parabeniza Gilberto por aprovação em faculdades
-
Opinião5 dias atrás
Os domingos delas
-
Bastidores da República6 dias atrás
Decisão de Jair Bolsonaro provoca agitação no Congresso Nacional
-
Saúde6 dias atrás
Confirmadas novas variantes do coronavírus no Rio Grande do Norte
-
ENTRETENIMENTO7 dias atrás
Atriz do seriado ‘Pé na Cova’, Niana Machado morre aos 82 anos
-
MULHER5 dias atrás
Horóscopo do dia: previsões para 23 de fevereiro de 2021
-
Saúde6 dias atrás
Fiocruz deve assinar transferência de tecnologia do IFA até março