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quinta-feira, abril 18, 2024
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Bolsonaro se irrita com aliados, ameaça com troca de líderes e abre mais uma porta ao Centrão

SANGUE NOS OLHOS

Foto Adriano Machado Reuters

Com a derrota na votação do Fundeb, o presidente Jair Bolsonaro está revoltado com alguns aliados, em especial, o PSL. A retirada da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) da função de vice-líder do governo no Congresso Nacional foi um claro recado. Uma das principais aliadas do presidente no Congresso, Kicis está em seu primeiro mandato como deputada. A parlamentar integra a ala bolsonarista mais próxima do Planalto e sequer reclamou. Com frequência, ela defende as pautas do governo e manifesta apoio ao presidente, seja em atos públicos, seja nas redes sociais.

TROCA DE CADEIRAS

 

Irritado com as traições, o presidente Bolsonaro se mostrou disposto a aumentar o espaço do Centrão no Poder Executivo e considera entregar mais cargos de primeiro escalão ao bloco partidário, inclusive o Ministério da Saúde já que o ministro Eduardo Pazuello está na corda bamba. Bolsonaro poderá acomodar o deputado Vitor Hugo, aliado de primeira hora, em uma autarquia federal e nomear o deputado Ricardo Barros (PP-PR) como líder do governo. A expectativa é de que a troca seja feita no início de agosto.

BRIGA BOA

Foto Rosinei Coutinho

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, encaminhou à Procuradoria Geral da República notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). A acusação se refere a derrubada de contas ligadas ao PSL e aos políticos pela rede social Facebook. A representação foi feita pela deputada Maria Pérpetua (PCdoB-AC).  Do hoje até domingo esse deverá ser o assunto mais comentado nas redes sociais. Pode apostar!

BIRRA

Nem adianta tentar. O governo tem se recusado a informar com quem o presidente Jair Bolsonaro se reúne no Palácio da Alvorada. Desde o ano passado, ao menos oito pedidos feitos pela Câmara para saber se houve acesso de lobistas à residência oficial foram negados pela Presidência sob o argumento de que informar quem entra e quem sai do local pode pôr em risco a segurança de Bolsonaro e família.

DE OLHO

Uma nova onda de operações e prisões por conta de irregularidades na compra de respiradores pulmonares vai tomar conta de boa parte do expediente da Polícia Federal a partir de agora. A dispensa de licitação já levou a PF aos estados do Rio de Janeiro, Amazonas, Distrito Federal e, a gora, Pernambuco. Tem muita gente com as barbas de molho em vários estados e de olho no jatinho preto da PF. Onde pousar o tal avião, haverá gente graúda sendo acordada na cama e muita correria, certamente.

LINHA DE TIRO

Quem também corre sério risco de prisão é o senador Renan Calheiros (MDB)-AL). Ele está na alça de mira da Procuradoria-Geral da República (PGR), que vê indícios do recebimento de propinas pagas ao parlamentar sob o disfarce de doações eleitorais. A manifestação foi enviada ao Supremo Tribunal Federal na terça-feira, 21, no inquérito que apura repasse de vantagens indevidas ao parlamentar nas obras do Estaleiro Tietê, em Araçatuba (SP). Renan ainda tem 60 dias de prazo para ser ouvido. Até o final do prazo será tensão total, já que operação como essa tem desdobramentos e acaba envolvendo outros nomes da política.

EFEITO CASCATA

Ainda nessa linha da corrupção temos também a alça de mira em cima do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alkmin (PSDB). O Ministério Público o denunciou por corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Também entrou na lista do MP Marcos Antônio Monteiro, tesoureiro da campanha de 2014, e seu funcionário Sebastião Eduardo Alves. Alckmin teria recebido R$ 2 milhões em espécie da Odebrecht na campanha ao Palácio dos Bandeirantes em 2010 e R$ 9,3 milhões quando disputou a reeleição, em 2014.

BRUXA SOLTA

O inferno também está logo ali para o ex-governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. O Ministério Público apura fraude em compra de leitos hospitalares e fez buscas na casa dele aqui em Brasília. Agnelo é acusado de receber R$ 460 mil em propina em 2014. Empresários teriam pagado propina de 10% do valor das compras dos leitos para representantes do ex-governador. Durante as buscas, agentes encontraram uma arma de fogo sem registro. Ao menos, já tem um crime tipificado por porte ilegal. Foi preso e solto sob fiança. Benza a Deus!

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