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quinta-feira, abril 25, 2024
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Ao demitir comandantes das Forças Armadas, Bolsonaro deixa claro que é ele quem manda

QUEM MANDA SOU EU

Ed Alves/CB/D.A.

Nunca na história da República do Brasil aconteceu tamanha façanha de um presidente ao trocar tanto o ministro da Defesa, quanto os três comandantes das Forças Armadas numa só tacada. Foi uma demonstração de poder, é claro. Mal o general Braga Netto assumiu  o seu posto na Defesa, no Exército deixou o cargo Edson Pujol; na Marinha saiu Ilques Barbosa e, na Aeronáutica, foi demitido Antônio Carlos Moretti Bermudez. A troca foi um pedido do presidente Jair Bolsonaro. Eles entregaram os postos um dia após o chefe do Executivo ter pedido o cargo ao ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva. De acordo com fontes militares, a reunião que decidiu pelas demissões nesta terça-feira (30) foi tensa, como diversos momentos acalorados. O reflexo disso tudo no governo e na tropa ainda não se sabe. O desafio será aparar arestas em ambos os lados do front.

QUEM MANDA SOU EU (2)

O ex-ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, deixou o governo atirando para todos os lados. Segundo ele, não se trata apenas de uma demonstração de poder do presidente Bolsonaro ao deixar claro que quem manda é ele. Para o militar, a meta de Bolsonaro é ver as Forças Armadas, sobretudo o Exército, totalmente vinculadas a seu governo. Um perigo, como ressaltou o próprio Azevedo e Silva, que barrou, por diversas vezes, a entrada da política nos quartéis. Agora, com a chegada do general Braga Netto no Ministério da Defesa, Bolsonaro pode tentar mais uma a mudança de postura na Forças. No entanto, não será tarefa fácil. A maior parte do alto escalão é contra o alinhamento das Forças ao governo e à política. Já as bases, pelo que se vê estão mais pendidas ao bolsonarismo.

AQUI NÃO!

É fato que a decisão do presidente Jair Bolsonaro de trocar os comandos das Forças Armadas de uma só vez gerou a maior crise entre os militares e o governo desde a década de 1970. Naquela época, quando o então presidente Ernesto Geisel trocou o ministro do Exército também foi tenso, mas nem tanto quanto agora. Dos três comandantes demitidos, o mais exaltado na saída foi o comandante da Marinha, Ilques Barbosa. Ele destacou que as forças não endossariam, via redes sociais, intenções do presidente Bolsonaro, como apoio ao Estado de Sítio. A queda de braço agora se inicia por outro viés. Resta saber como fica a questão da subordinação dos militares ao presidente da República, comandante-em-chefe das Forças Armadas. E ele não vai abrir mão desse poder.

CAIXA DE MARIMBONDOS

A nova troca no comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública, formalizada na esteira na mini-reforma ministerial do presidente Jair Bolsonaro, que substituiu a chefia de seis pastas em uma tacada só na segunda-feira (29), começou a provocar as primeiras reações à escolha do delegado da Polícia Federal Anderson Torres como substituto de André Mendonça – que foi remanejado de volta para a Advocacia Geral da União (AGU). Em nota conjunta endereçada a Bolsonaro, deputados da chamada ‘bancada da bala’ se uniram a onze entidades representativas de profissionais da Segurança Pública para criticar a nomeação, já oficializada no Diário Oficial da União. O deputado Capitão Augusto (PL-SP), presidente do bloco parlamentar e um dos nomes que subscreve a nota, negou que a bancada tenha sido consultada sobre a indicação.

NÃO FECHO NADA

O presidente Jair Bolsonaro se mostra um estrategista, ao contrário da imagem rude sempre associada a ele. Quando ele diz que “não fecha nada e que a vida é tão importante quanto a questão do emprego”, Bolsonaro já sabe que logo a vacinação vai amenizar o avanço da pandemia. Quando a poeira baixar vai poder jogar parte da responsabilidade sobre a crise econômica nos ombros de governadores e prefeitos que sempre defenderam lockdown. Voltar à normalidade é só questão de tempo e a troca de farpas será combustível inflamável nas eleições de 2022. Pode apostar!

DE MT PARA O MUNDO –  A PEDIDO DO MINISTRO GILMAR MENDES

A pedido do ministro do STF, Gilmar Mendes, a conceituada pesquisadora Dra. Ludhmila Hajjar, participa nesta terça-feira de Webinar promovido pela prefeitura de Diamantino, no médio norte mato-grossense. Com foco nas ‘Atualizações para Tratamento da Covid-19’, Dra. Ludhmila ministra uma videoaula inovadora e destinada aos profissionais de saúde do município. Diamantino figura entre os 58 dos 141 municípios de Mato Grosso com alto risco de contaminação pela doença. A notícia do Webinar chegou aqui, em Brasília, e certamente irá contribuir não apenas com novos conhecimentos para a área médica, mas, também, como prova de que se pode fazer muito no combate à pandemia com uma ação tão simples e de grandes resultados não apenas para Mato Grosso. Por meio da plataforma Zoom, o Webinar poderá ser acessado de qualquer lugar do planeta. Ludhmila Hallar é formada pela Universidade de Brasília (UnB), especializada em clínica médica, cardiologia, terapia intensiva e medicina de emergência, além de professora da USP, é Coordenadora de Cardio-oncologia do InCor, além de outras atividades na área médica.

TOGA QUASE PENDURADA

O ministro do Supremo tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, já antecipou que pretende se aposentar em 5 de julho. Assim ele deu a largada para que o presidente Jair Bolsonaro indique um nome para ocupar a vaga a ser deixada na Corte Suprema. O indicado precisa passar por sabatina no Senado, e entre os requisitos, deve ter mais de 35 anos, ter reputação ilibada e notável saber jurídico. Entre os eventuais indicados para a nova vaga está o advogado-geral da União, André Mendonça; o ministro Jorge Oliveira; Ives Gandra Martins Filho, ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST); e o desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo Ivan Sartori. Também aparece no radar o nome do juiz federal William Douglas dos Santos, pastor, que tem apoio do senador Flávio Bolsonaro.

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