TECNOLOGIA
Nanopartículas de cobre controlam doenças na agricultura aponta estudo
Uma pesquisa realizada no Brasil está produzindo nanopartículas de cobre com atividade antimicrobiana aplicada à agricultura e pecuária. Mais recentemente, a tecnologia tem sido comprovada eficaz como antiviral contra a família de coronavírus, destacando sua capacidade e rapidez de inativação do novo SARS-CoV-2, causador da COVID-19.
Não é novidade que o cobre é um metal que atua como agente antimicrobiano de amplo espectro biocida, possuindo ação comprovada contra diferentes espécies de bactérias, leveduras, fungos filamentos e vírus. A novidade é que a empresa Cecil S.A. – Laminação de Metais e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) desenvolvem com pioneirismo o uso de nanopartículas metálicas de cobre para controle de patógenos na agricultura e pecuária, além de outras aplicações.
A iniciativa ganhou o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) no projeto “NanoCobre”, que busca o co-desenvolvimento e produção industrial de nanopartículas de cobre com ação antimicrobiana e antiviral.
“A partir de ensaios laboratoriais validados por normas técnicas internacionais, foi comprovada a ação antimicrobiana e antiviral das nanopartículas de cobre, produzidas tanto em suspensão líquida como na forma de pó seco. Para obtenção destas nanopartículas de cobre na forma de pó foi utilizada a secagem pelo processo de spray-dryer. A manutenção da atividade biocida das nanopartículas secas agrega benefícios ao insumo, associada à estabilidade prolongada e a possibilidade de aditivação e modificação das propriedades superficiais”, explica a Dra. Patricia Léo, gerente Técnica do Laboratório de Biotecnologia do IPT na Área de Negócio em Bionanomanufatura.
Coordenadora pelo IPT do Projeto NanoCobre, ela aponta que, na agricultura, além da sua ação direta no controle de patógenos o cobre “também é um micronutriente importante para as plantas, desempenhando um papel crítico nas barreiras de defesa e na resistência às doenças”. Na pecuária, explica a especialista, as nanopartículas de cobre também “podem ser aplicadas na nutrição animal, aumentando a biodisponibilidade deste metal, além de evitar e/ou diminuir a contaminação cruzada nos rebanhos e, também, para humanos”.


Agronegócio
Capina elétrica brasileira é testada nos EUA
Um pesquisador da universidade americana de Oregon, em parceria com produtores de avelã e mirtilo, está testando a tecnologia brasileira de capina elétrica da Zasso Group. Esse modo menos invasivo ao meio ambiente de controle de plantas daninhas tem ganhado força na Europa e agora começa a ser difundida também nos EUA. “Nossa tecnologia além de moderna e segura, é ecologicamente correta. Seguindo uma tendência mundial no agronegócio, cada vez mais métodos eficazes com menor impacto ambiental devem ser implementados nas fazendas pelo mundo”, aponta o Co-CEO da marca, Sérgio Coutinho.
Com o apoio de uma bolsa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Marcelo Moretti, pesquisador e professor assistente de horticultura da OSU, iniciou no mês passado experimentos como parte de um projeto de três anos para avaliar a eficácia do controle elétrico de ervas daninhas no Oregon. “Eu suspeito que os produtores irão adotar isso como uma ferramenta adicional para o controle de ervas daninhas, especialmente para aquelas resistentes a herbicidas”, disse Moretti. Para ele, a solução pode ser adotada tanto por produtores orgânicos, como pelos convencionais.
Testes já começaram
O pesquisador acredita que é importante encontrar mais ferramentas não químicas para controlar as ervas daninhas resistentes a herbicidas. Isso acontece quando um campo de ervas daninhas é pulverizado ano após ano com um único herbicida. Plantas mais fracas morrem, mas algumas naturalmente mais fortes sobrevivem, se reproduzem e passam seus traços resistentes para as próximas gerações.
Os testes começaram em dois pomares de avelãs, onde o azevém italiano resistente a herbicidas é um problema sério. Moretti também trabalhará com um produtor de mirtilo para testar a eficácia do controle elétrico em ervas daninhas perenes, como a trepadeira, um membro da família ipomeia.
O equipamento utilizado é o modelo EH30 Thor. O sistema da Zasso Group gera uma corrente de alta tensão que é aplicada à planta por meio do contato com uma barra de metal. À medida que a alta voltagem passa pela planta em direção às raízes, a resistência elétrica gera calor, levando à ruptura da membrana celular e à morte da planta.
O professor acredita que a tecnologia será amplamente aplicável em árvores frutíferas e nozes, lúpulo, vinhas e outras culturas. Diferentes tamanhos de unidades dotadas da tecnologia podem ser utilizados, como o modelo Electroherb, que manobra facilmente em colinas e em fileiras estreitas.
Investimento inteligente
Em comparação com outras formas de controle de ervas daninhas, espera-se que o investimento inicial e os insumos de trabalho para o controle elétrico sejam maiores por hectare do que os custos químicos médios do que a maioria dos métodos não químicos. Contudo, este deve ser considerado um investimento pois como disse Moretti, em áreas onde existe resistência a herbicidas, espera que a tecnologia da Zasso Group custe menos a longo prazo em comparação com as aplicações múltiplas de químicos.
Coutinho destaca que este é um investimento inteligente. “A primeira vista parece um gasto a mais, porém com a eficácia da ferramenta, os resultados ecologicamente corretos sendo muito positivos e a longo prazo a diminuição efetiva do uso massivo de herbicidas, com certeza a tecnologia se paga e é viável para as culturas”, ressalta o Co-CEO.
Os agricultores americanos que forem participar da pesquisa, adotando a tecnologia, precisarão seguir protocolos de segurança, assim como todos os clientes da companhia no Brasil e Europa. “A pessoa que opera a máquina não corre risco de choque elétrico, mas é preciso cautela na hora da aplicação”, relata o pesquisador.
Durante os testes, a equipe de Moretti testará a eficácia do método em diferentes tipos, densidades e idades de ervas daninhas, vários tipos de solo, em vários tipos de clima e com diferentes tensões.
Oportunidade Latam
Os Estados Unidos e o Canadá são os maiores produtores e consumidores mundiais de mirtilo ou blueberry. No hemisfério Sul, Chile e Peru são os principais e no Brasil também existe cultivo dessa fruta. Aqui ela se concentra nos estados com climas mais amenos e estação de inverno típico, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e regiões de São Paulo e Minas Gerais. Recentemente houve adesão também de produtores no Centro Oeste.
A frutinha tem sabor agridoce e características funcionais. Com o consumo se popularizado no mundo e em território nacional por seu alto teor de antioxidantes naturais, principalmente pelo seu uso na confeitaria. Com a adesão de novos produtores de mirtilo no País também cresce a possibilidade da implantação da tecnologia da Zasso Group por aqui em uma outra cultura.
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