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sexta-feira, março 29, 2024
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Lideranças rurais e Governo destacam importância dos árabes para o agro

Os presidentes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras), Mohamed Zogbi, e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, destacaram a importância dos países com população de maioria islâmica para o mercado do agro durante a abertura do curso online “O mundo islâmico – oportunidades e desafios para a agropecuária brasileira”, na quinta (06).

O presidente da CNA ressaltou que enquanto o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos, o mundo islâmico é o terceiro maior comprador da produção agropecuária brasileira e alcançou, aproximadamente, US$ 17 bilhões em 2019.

João Martins lembrou que a CNA e o Ministério da Agricultura vêm buscando uma maior aproximação com esse mercado. Uma dessas iniciativas foi um jantar para um grupo de embaixadores de países islâmicos com o presidente Jair Bolsonaro, no ano passado.

“Agora, juntamente com a Fambras, estamos dando um novo passo. Com esse curso pretendemos demonstrar e debater as oportunidades e os desafios que o agronegócio brasileiro terá nesse mercado”, afirmou.

Na opinião do presidente da Fambras, o agronegócio brasileiro é uma potência e já atua com sucesso no mundo islâmico, mas é possível ampliar ainda mais essa presença. Ele lembrou que as nações de maioria islâmica compõem um universo de quase dois bilhões de consumidores e que a certificação Halal segue normas internacionais rigorosas de segurança dos alimentos, o que abre diversas oportunidades.

“A nossa expectativa é que o curso seja um marco não só para nós, mas também para todo o setor agropecuário. Esperamos que o conhecimento se traduza na concretização de novos negócios com o mundo islâmico e que os resultados sejam o fortalecimento da economia nacional e a geração de empregos”, disse Mohamed Zogbi.

A ministra da Agricultura considerou o tema do curso “oportuno e interessante”. Segundo ela, os números das exportações do agro brasileiro para os países islâmicos comprovam que a parceria com o Brasil é muito bem sucedida e que os negócios podem ser ampliados ainda mais.

Tereza Cristina destacou que o Brasil é o maior exportador de carnes de aves e bovinos e de alimentos industrializados Halal, credibilidade conquistada com o trabalho sério de toda a cadeia produtiva. Ela também citou dados da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB) que indicam um crescimento estimado de 60% no mercado mundial de produtos e alimentos Halal, entre 2015 e 2021.

“Hoje, o mercado Halal no mundo está orçado em mais de US$ 3,5 trilhões e engloba vários segmentos, além do agronegócio. Os alunos desse curso vão aprender que o conceito Halal não se restringe a regras específicas para abate animal. O Halal é um sistema baseado em princípios e valores humanitários”, declarou a ministra.

As autoridades também manifestaram solidariedade ao povo do Líbano devido às explosões que aconteceram na região portuária da capital Beirute, na terça (04).

Curso – Promovido pela CNA e pela Fambras, o curso Mundo Islâmico abordará temas como tendências de consumo de alimentos e bebidas, certificações específicas e atração de investimento direto, além de trazer informações sobre o mercado mundial Halal e oportunidades de negócios.

A programação será dividida em quatro encontros, nos dias 6, 13, 20 e 25 de agosto. Ao final, serão emitidos certificados eletrônicos para os inscritos com participação mínima de 75%. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até o dia 12 de agosto clicando aqui.

Cada encontro terá 90 minutos de duração e abordará dois módulos temáticos, somando oito assuntos no total. O evento é indicado para profissionais do setor agropecuário, do segmento agroexportador, funcionários do serviço público das áreas de comércio exterior e diplomacia, imprensa, academia e demais interessados.

Ministrado desde 2013, o curso já teve edições no Instituto Rio Branco, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores, e na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A iniciativa tem o apoio da CCAB e da Academia Halal do Brasil.

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